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Inalei seu perfume que por sinal era tão bom que fazia minhas narinas quererem mais daquele cheiro, seu abraço foi inesperado deu uns tapinha de leve em minha costa como se quisesse falar algo através desses tapinhas. Depois daquele abraço levantei meu rosto olhando em seus olhos algo estava acontecendo ou estávamos forçando algo que não devia ter acontecido. 
Ficamos tão hipnotizado pelos nossos olhares que sentimos atração naquele momento nossos lábios se encostaram apalpando para iniciar um beijo lento. Suas mãos logo estavam em minha nuca e as minhas tocavam seus antebraços, aquilo havia sido um pedido de desculpas de ambos? Poderia me conter mas não quis estragar aquele momento de sorte. Quando terminamos o beijo minhas bochechas estavam coradas e meu coração com batidas fortes.
— Não diga para ninguém o que acabou de acontecer aqui. — Se afastou e seu comportamento estava mudado.
— E porquê eu diria? — Interroguei ele com uma boa pergunta.
— Por me achar atraente e por ser seu professor. Certo? — Sorriu pegando seus pertences.
— Um beijo não significa tanta coisa para duas pessoas não apaixonadas. Certo? — Imitei o mesmo com sua palavra e seu sorriso irônico.
— Espero que não torne uma paixão com um beijo. — Seguiu até a porta para sair.
— Não sou as outras alunas que você beijou e se apaixonaram. Professor Damon. — Peguei meus pertences.
Ao ouvir aquilo foi como uma ofensa para ele passei em sua frente com um olhar profundo para perceber que eu não estava nenhum pouco interessada em aprofundar mais isso, continuou parado na porta observando minha ousadia e minha coragem.
Quando estive na presença da Anna seu comportamento havia mudado talvez tenha ficado chateada pelas perguntas inconvenientes, ela estava me fazendo ficar sufocada em tão pouco tempo que estava dentro daquele lugar. Seu silêncio foi minha resposta observei a mesma que não trocava ideias e muito menos olhares.
Não fiz tanta importância em falar com ela peguei meu caderno de anotações escrevendo algumas coisas minhas, aquilo estava tedioso demais eu já não queria participar de nenhuma aula ou qualquer atividade mesquinha que haveria naquele lugar. Permanecia por horas presa entre quatro paredes e uma janela tão pequena que só minha cabeça cabia, as horas voaram e eu finalmente pude sair daquele quarto pequeno não perdia tempo e fui diretamente para o jardim.
Fiquei tão informada comigo mesma por não ter conseguido fazer amigos ali e quando tentavam se aproximar de mim agiria o contrário do que pensava, resolvi deixar minha grosseria de lado e dar braço a torcer pra tentar ter alguém com quem conversar por alguns minutos.
— É o destino que nos uniu aqui. — Christopher sentou ao meu lado.
— Que parte do fica longe de mim você não entendeu mesmo? — Cruzei os braços sorrindo.
— Desculpa, vou indo então. — Levantei para sair o mais rápido possível.
— Espera, eu que peço desculpa por ser grossa. Fique. — Engoli seco com a minha atitude.
— Você está se rendendo a você mesmo fico feliz por ter vencido seu orgulho. — Sentou devagarinho como quem não quer nada.
Ficamos por algumas horas sozinhos conversando e pude conhecer mais ele e mudar meu pensamento errado que tinha dele, a fome bateu em nós dois então tivemos a brilhante ideia de pegar na cozinha mesmo não sendo o horário de comer. Até mesmo a comida tinha horário para comermos então se estivermos com fome teríamos de ficar até liberarem, imaginei que estivéssemos em um regime militar no qual tínhamos que roubar comida para matar nossa fome.
Conseguimos pegar comida e ficamos por trás do balcão enquanto comíamos abafava nossas risadas com as mãos para que não ouvissem, tinha câmeras por toda parte fomos ágil passávamos por caminhos diferentes onde não nos filmava, quando já satisfeitos o peso na consciência e já que estávamos sozinho botei as cartas na mesa querendo saber mais sobre seu término não aceito pela Anna.
— Fiz a pergunta para ela e sua reação foi de se esperar, na sua cabeça você continua sendo o namorado dela. — Botei a mão no rosto sorrindo.
— Anna Paula, um dia foi muito importante pra mim mas isso acabou a partir do momento em que ela me afastou da minha mãe. — Ele desviou seu olhar do meu um pouco triste.
— E deixou que acontecesse isso? Devia ter botado um ponto final nesta história. — Finalizei desmanchando o sorrido.
— E botei mesmo assim ela não aceita nosso término sempre querendo ser o centro das atenções. — Deu uma breve pausa mas prosseguiu após uns minutos.  — Sua mente é maléfica.
Aquilo me causou medo por não saber com quem estava dormindo sabia que muitas coisas haviam acontecido entre eles, conhece Christopher tão pouco tempo ele não falaria assim de Anna sabendo que eu estava no mesmo quarto eu estava com ela. Isso me preocupou mas mudei de assunto depois que estava tendo muitas informações por pouco tempo, queria que me visse de outra forma então continuamos saboreando alguns bolos.
Queria poder ser indestrutível para o que estava me esperando mas era quase impossível, ele parecia indescritível e ao mesmo tempo perdido em seus pensamentos. Aquele sentimento talvez poderia ser dado como arrependimento e um pingo de decepção.
Fiquei me perguntando como uma pessoa conseguia separar um filho de uma mãe, não saberia os verdadeiros motivos por não ter entrado em detalhes mas o capital pelos acontecimentos já saberia. Seguimos direções diferentes e no outro dia tudo parecia normal e meu olhar com Anna já não era o mesmo, olhei pela abertura da porta que sobrou vendo Damon em sala de aula e por isso não quis participar. Esperei que terminasse suas aulas e quando finalizou pude entrar na sala de aula.
— Agora que você aparece? Por acaso não sabe que tem de frequentar as aulas? — Bombardeou-me de perguntas em seguida.
— Não estou interessada em assistir aulas. — Tentei cortar assunto.
— Violet, você é linda para não estudar faz algo por você sei que você está querendo sair daqui. — Sentou à minha frente.
— Quero minha liberdade, simplesmente. Você vai me ajudar? — Deixei erguida minha sombrancelha.
— Posso ajudar você a tentar sair desse lugar, mas com uma condição. — Deixou-me em dúvida e um sorriso tosco prosseguiu. — Você minha submissa.
— Você está ficando doido? Veja nossa diferença de idade. Você tem idade de ser meu pai e eu sua filha.  — Dei um sorriso debochado revirando os olhos.
— Tiro você daqui e você vai ter toda sua liberdade, então. O que me diz? —  Ficou em silêncio esperando por minha resposta.
— Ainda não estou pronta para responder assim que tiver uma resposta concreta eu direi. — Afastei meu rosto para impedir um beijo.
Pensei mais um pouco sobre a reposta que iria a dar e a decisão que estaria fazendo, meu estômago estavam dando rebuliços de tão nervosa ou talvez ansiosa que estava. Estive com Anna por uns minutos e não pude me conter acabei falando por impulso estávamos a sós e quando soube seus olhos novamente cresceram como lua cheia.
Ficamos cochichando no canto do corredor tentando não fazer com que nossa voz ecoava, com sua beleza delicadeza e beleza tão garlhada botou suas mãos em seu rosto com expressão de supresa com outra mão segurou meu braço. Levou-me para um lugar discreto onde podíamos falar à vontade.
— Não devia se quer ter trocado conversa com ele, Damon é um dos mulherengos que conheço aqui dentro. — Sentiu alívio ao falar tudo de uma vez.
— Será minha chance de sair desse lugar, quem sabe ele ajude mesmo. — Continuei com meu pensamento em sair.
— Se eu fosse você não aceitaria. Aqui dentro ele é professor fora não sabemos o que ele é, mas se você está desesperada em sair que aceita proposta de qualquer um. — Cruzou seus braços com uma expressão de deboche.
Suas palavras fez com que refletisse mais sobre minha decisões sai na frente com a minha resposta, Damon esperava ainda na sala por mim com a minha resposta ele parecia está ansioso demais que ficou tenso. Sua estatura era de um homem sério no qual aparentava ser de negócios, seus olhos tinha a cor castanhos claros e seu cabelo um pouco comprido com mechas claras, sua pele bronzeado e seu corpo malhado.
Era quase difícil de dizer não para um homem como ele mas eu disse, é quando ele soube minha resposta ficou pasmo botou suas mãos em seu bolso. Fiquei nervosa e muito pensativa se o que estava fazendo era certo mesmo ou estava perdendo uma oportunidade de ouro.

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