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Estava mais que claro que perderia sua amizade ao decorrer do tempo por sua obsessão impecável, ficamos por muito tempo sem manter contato e muito menos olhares parecia está vivendo com uma completa estranha. Só aparecia em momentos mas não estaria tão presente como nos dias anteriores da nossa discussão, dei tempo para que pensasse no que havia falado.
Se levasse em conta tudo que já estaria fazendo para me prejudicar nem estaria mais naquele lugar, ganharia ser expulsa mas não era isso que queria naquele momento. Mais uma vez estive com Christopher e tivemos uma ligação boa que chamávamos atenção naquele lugar, vivíamos tentando fazer um ao outro sorrir e isso foi a gota d'água para Anna sair por completo da sua zona de conforto.
Ela entrou rapidamente no quarto batendo a porta com as forças que restavam, seu olhar era ruminante parecia está desesperada e fora de controle. Trancou a porta e eu Estremeci de medo por estar sozinha com ela dentro de um quarto abafado.
— Faz um favor pra mim,  não quero que seu nome seja algo de chacota pra mim. — Rangeu seus dentes um contra o outro.
— O que fiz dessa vez? E porquê meu nome serviria de chacota?  — Cruzei meus braços suspirando fundo.
— Me faça um favor, fique longe do Christopher ou escola inteira vai está rindo de você e de mim.  — Andava pelo quarto quase fazendo um buraco no chão. 
— Você mesma sabe que não temos nada e porque teme por isso?  — Suspirei impaciente com a situação. 
— Desde o momento em que você botou seus pés aqui dentro seus olhos se voltaram só a você. — Seus olhos brilhavam criando lágrimas. 
— Sou culpada por isso? Realmente não vou brigar por ninguém se é isso que você pensa.  — Virei meu rosto para não manter contato visual com ela.
— Você escolherá quem você quer do seu lado. Eu ou ele, faça essa escolha com cautela.  — Bateu um pé no chão.
— Como vou escolher uma pessoa que tentou me deixar cega e outra que faz bem? Sem dúvidas que será ele.  — Dei uma curta pausa para que entenda o que tentava dizer.   — Se quisesse minha amizade não tentaria me prejudicar.
— Foi um erro que não vou cometer nunca mais, me parece que você é está decidida.  — A mesma caminhou até a porta abrindo.
Não queria mais intervir nada então não me pronunciei para que não tivesse de ouvir mais uma vez sua voz, aquilo estava saindo de controle e não saberia o que fazer a não se me isolar por completo e assim ficar afastada dos dois. Sua imagem era o mais importante é como havia declarado eu estava sujando jogando na lama seu nome.
Ignorei Christopher em todos os aspectos quando se aproximava dava um jeito de sair de perto, seu olhar era de tristeza e quando aceitou meu comportamento não tentou se aproximar. Eu estava de frente para para ele sentada estávamos na aula teatral, ele dava alguns olhares para mim mas não se impôs a falar comigo e muito menos eu com o mesmo. Meu nome havia sido chamado para completar aquela peça que estava sendo um tremendo caos, fui para trás das cortinas em seguida ouvi seu nome sendo chamado. 
Foi uma péssima idéia ter ficado escondida naquele lugar para tentar melhorar as coisas porque logo estaria o mesmo ali, ficamos em silêncio um para o outro até que o mesmo segurou pelo meu braço trocávamos olhares profundos.
— Podem entrarem para atuar.  — A professora de teatro deu permissão. 
— Professora, será que você pode mudar essa cena de Romeu e Julieta para outra?  — Indagou Anna incomodada com nossa demora. 
— A professora sou eu Anna, decido que cena vocês farão!  — Excitou a mesma esperando por nós.
Ele soltou meu braço saindo de trás daquela cortina em seguida sai juntos na parte da cena haveria de beijar o mesmo para finalizar, quando meus olhos leram aquilo arregalei tentando disfarça minha expressão de quem estava surpresa.
Apesar daquilo ser uma cena poderiam interpretar de maneira diferente, nossa ligação estava dando certo em nossa atuação e Christopher parecia está chateado comigo mas na cena do beijo ele deixou isso de lado aproveitando que era uma cena que gostaria demais.
Todos ficaram surpresos quando havíamos combinado certo nessa parte, a professora ficou em silêncio já selecionando seu Romeu e sua Julieta para a próxima primavera e sua peça naquele auditório.
— Chega!  — Anna gritou do fundo voltando a sentar.
— Muito bem! — Sorrio a professora deslumbrada com a boa conexão. —  Podem voltar a seus lugares.
Estive com vergonha daquela cena com tanta gente naquele auditório que fui para fora de imediato, Christopher percebendo meu comportamento só havia ido atrás de mim no final da aula e quando me encontrou pegou pelo meu braço levando para o porão novamente. Tentei puxar por várias vezes meu braço da sua mão até que conseguiu me botar dentro daquele lugar.
Parecia está incomodado comigo emoções pra isso foi preciso levar-me a força.
Se aproxima de mim enquanto dava passos para trás até que meu corpo foi contra a parede, fiquei completamente encurralada entre Christopher e a parede. Franziu a testa e logo em seguida um suspiro ofegante do mesmo foi posto pude sentir nossas respirações brigarem por espaço.
— Você está com medo de mim?  — Perguntou o mesmo com seus lábios quase próximos dos meus.
— Não tenho medo de você, só não quero causa mais problemas.  — Botei minha mão em seu peitoral para afastar.
— Você está me evitando e não fala mais comigo,  aconteceu algo que não sei?  — Segurei em suas mãos que tocavam meu peitoral.
— Aconteceu, é melhor que ambos fiquem longe de mim.  — Tirei minhas mãos da sua.
— Ambos?  — Perguntou segurando firme minhas mãos.
— Quero você e Anna afastados de mim. Por sua causa ela quase quase me deixou cega e por você fez eu escolher entre você e ela.  — Falei com firmeza quase sussurrando.  — Escolhi não escolher nenhum de vocês. 
— É quem escolheu entre você e ela foi eu, escolhi você.  — Segurou meu rosto para dar-me mais um beijo.
— Se afasta de mim, Christopher.  — Sussurrei seu nome.
Não havia se quer respeitado minha decisão de afastamento. Me envolvia de uma forma diferente que no final de tudo retribuía  seu beijo, depois de passarmos um tempo a sós então voltamos a nos comunicar e sermos como havíamos nos conhecido, ele saiu na frente e por fim segui o mesmo.
Ninguém poderia desconfiar de que estivéssemos naquele espaço, naquele mesmo dia Kathryn levará ao túmulo de meus pais. Era inexplicável a dor que sentia quando chegou na véspera do seu aniversário não poderia ir no dia mas um dia antes eu poderia. Então ela reservou as melhores rosas para que levasse.
Ao chegar li seus nomes que estavam memorizados para sempre ali, botei as rosas por cima e fiquei pensando no que me diriam se estivesse vivos. Meus olhos estavam marejados de lágrimas que foram criadas ao ver aquelas rosas deitada por cima do túmulo.
Algumas gotas caíam em meu rosto queimando e criavam caminhos até que se perdiam, seria inútil ter que ficar falando em cima de um túmulo porque minhas perguntas não seriam respondidas. Por fim, sentir a mão de Kathryn que estava quente em meu ombro e outra enxugava minhas lágrimas.
Marcou minha testa com um dos seus lábios e me abordou para um abraço, quando saímos daquele lugar me sentia bem mas não melhor como antes. Era como ter que deixar sempre eles para trás e ter que seguir novamente sozinha, naquela mesma noite cai em um pesadelo me fez pingar de suor pela primeira passará por isso, estava tão tonteada com que havia visto que perdi o sono e por isso fiquei alguns minutos com os olhos fixamente para o teto.

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