45

330 15 0
                                    

Abrir o armário e lá havia todas as minhas roupas que estava no quarto da Ana, peguei uma meia-calça da minha cor a saia vesti e havia um espelho pequeno mas dava para se ver pelo menos. Fiquei parada mim olhando quando ouvir alguém batendo na porta. Então disse.

Eu: entre. - gritei.

A porta abriu lentamente e pude ver o rosto da Ana que me olhou abaixando a cabeça, ela entrou e fechou a porta.

Ana: licença. - disse a entrar e chegar mais perto de mim.

Eu: toda. - mordir meus lábios a dizer.

Ana: tudo bem? -perguntou-me tímida.

Eu: sim. - olhei para ela que me olhar já sem jeito, sem saber o que fazer.

Ana: que bom. - soltou um sorriso.

Eu: e você? - tentei deixar ela confortável.

Ana: não. - com a voz tremula disse.

Eu: qual o motivo? - me aproximei a sentar na cama.

Ana: posso me sentar? - olhou para meu lado.

Ela se sentou na cama e ficou me olhando, enquanto eu esperava que começasse.

Eu: o que você quer? - perguntei um pouquinho grossa.

Ana: pedir desculpa. - cruzou as pernas a dizer.

Eu: não precisa. - coloquei minha mão sobre sua perna.

Ana: precisa sim. Violet, você me desculpa?

Eu: claro, que sim. E você me desculpa?

Ana: sim. Estou tentando começar tudo de novo.

Eu: que bom, e sempre bom começar de novo.

Ana: sim, Violet. Não vir aqui só para falar isso mas também para dizer, que eu me arrependo do que eu fiz com você. Uma pessoa fez ver que eu estava cavando meu próprio buraco, e que uma hora eu teria que me arrepender de tudo isso.

Eu: Ana... - disse sem terminar, pedindo que não se fizesse isso.

Ana: ainda não terminei Violet, não sabia da sua história de seus pais mas agora sei. E foi um erro ter feito isso, você nunca tinha me contado sobre isso.

Eu: Ana, eu ia contar para você mas você só queria saber de se vingar de mim, você sabe muito bem que isso não iria levar a lugar nenhum.

Ana: estava completamente cega, estou no fundo do poço nesse momento pessoas que eu pensava que iria ficar do meu lado, não estão, não querem saber de mim.

Eu: eu me importo com você sim, mas você estava acabando com tudo isso.

Ana: eu estava afastando de pessoas que iria me ajudar nesse momento, agora estou no fundo precisando da ajuda de alguém. E eles não estão.

Ela começou a chorar, tudo aquilo era bastante estranho para mim. A gente brigava e depois voltava a se falar parecia duas crianças, bem. Mas acho que dessa vez tudo iria acabar, estava bastante confusa era como se duas pessoas estivesse me puxando e não sei em quem acreditar, e me perguntava. "Será que isso é verdade, será que devo acreditar?" esses tipos de pergunta tomava conta da mim, me sentei do seu lado passando a mão em sua costa.

Puro Amor  Onde histórias criam vida. Descubra agora