Depois das minhas tentativas de suborno com a pedagoga desistir de tentar e fui de volta para o quarto, fiquei olhando para o teto e sua forma observei também algumas fotografias de Anna que estavam por aquele cômodo ela parecia idolatrar sua própria imagem.
O silêncio tomou conta de mim e meus olhos se fechavam à medida que meus dedos se encontravam dando palmadas de leve em minha barriga, peguei no sono a espera de algum pensamento mirabolante para tentar sair daquele lugar. Tive a sensação de que alguém estava me olhando aquele cheiro parecia familiar em tão pouco tempo, abrir lentamente meus olhos que estavam irritados com a claridade do sol que entrava pela pequena janela que separava nossas camas. Minha e de Anna.
Assim que meus olhos se deparam com os seus olhos imensos olhando para mim dei um pulo de susto, ela abriu um sorriso por ter achado engraçado minha reação ao ver ela como um fantasma na beira de sua cama. Botei as mãos em meu rosto cobrindo e esfreguei meus olhos com um suspiro ofegante de irritada que estava.
- Desculpe, mas aqui também é meu quarto e vendo você dormi aqui é algo bom. - Ergueu sua sombrancelha com um olhar debochado.
- Você é completamente estranha. - Sussurrei com a voz rouca.
- O que você disse? - Virou-se já com o sorriso desmanchado. - Soube que você estava falando com Christopher.
- Nada. - Terminei e observei ela que estava com ciúme. - Sim, seu namorado acabou me acertando a bola.
Ficou em silêncio por um tempo achei estranho seu silêncio achei que estaria com ciúmes por ter falado com ele sem ela por perto, ficamos por alguns minutos sem se falar até que Anna resolveu quebrar o assunto.
Botou sobre sua cama uma roupa que teria de usar ela havia escolhido para mim, depois de alguns minutos caminhamos juntas para um espaço aberto onde poderíamos ter ar puro. Minha imaginação estava indo além ao observar que o muro daquela escola interna. Fiquei surpresa ao saber que em inferno tinha praças tão perfeitas com a natureza à nossa disposição.
- Por qual motivo você veio parar aqui? - Curiosa Anna perguntou sem se quer piscar.
- Então todos tem um motivo para estarem neste lugar? - Perguntei com uma das minhas sombrancelha arqueada.
- Sim. - Sussurrou Anna com um longo suspiro no final.
Seus brilharam algo me dizia que ela estava guardando algo que machucava por dentro ela, por fim o silêncio tomou conta de nós duas nem eu e muito menos ela se impôs a tentar falar com a outra sobre aquele assunto.
Abaixou sua cabeça com seus ombros pra dentro e suas mãos enroladas nas mechas loiras de seu cabelo, ela fazia isso por um tempo parecendo está preocupada com algo. Ela me olhou lentamente levantando esperando que fizesse o mesmo.
- Vamos para o quarto? - Deu uns passos para trás.
- Pode ir. Anna, ficarei um tempo aqui e assim que sentir vontade irei para o quarto. - Sorri de canto para mesma.
Ela saiu cabisbaixa dando passos longos indo em direção ao quarto, por fim estava sozinha comigo mesma então pude me desabafar e botar para fora tudo o que estava sentindo embora estivesse sozinha naquele lugar. Meus olhos estavam marejados de lágrimas e em uma piscada as lágrimas caíram sobre minha face e queimavam.
Tudo que havia acontecido em minha vida foi algo tão inesperado. Éramos uma família completa mamãe estava pensando em ter mais um filho só para completar ainda mais e papai me amava tanto que todas as noites ele ao chegar do trabalho me dava beijos.
A viagem havia sido algo inesperado nada estava programas e a última vez que vi eles foi quando entraram no carro e acenaram para mim desde então eu nunca mais pude ver eles, fiquei com a minha tia não tínhamos tanta convivência e seu ódio por mim fez com que chegasse naquele lugar onde me sentia ainda pior.
O vento bateu em meu rosto exalando um cheiro diferente no qual ainda não tinha sentido, suspirei fundo passando as mãos em meu rosto limpando minhas lágrimas que havia sobrado. Lentamente virei-me ao pensar que Anna estivesse e olhando e nossos olhares se cruzaram.
- Por qual motivo você está aqui sozinha? - Christopher sorriu de canto para mim ao terminar.
- Você novamente. - revirei os olhos cruzando meus braços.
- Como você consegue ser grossa comigo que sou tão legal com você. - Aproximou mais de mim.
- Desculpe, melhor irmos. - Levantei mas sua mão à poupou a minha.
- Não estamos fazendo nada demais. Apenas observei você de longe e pensei que quisesse conversar. - Continou sem parar estando nervoso.
- Por favor, fica Violet.
Revirei novamente meus olhos e puxando minha mão da sua com um suspiro profundo. Sentei um pouco afastada sem troca de olhares percebeu que estava mau humorada naquele momento. Olhei para os lados vendo se alguém estava nos observando.
Pensei em várias perguntas a se fazer mas não estava decidida em pedir desculpas pelo meu comportamento, pelo menos ainda não. Gostaria de saber quais suas intenções e por qual razão estaria ali querendo saber sobre mim.
- Faz muito tempo que você está aqui, Christopher? - Observei ele que continua com um sorriso bobo.
- Sim, estou aqui a muito tempo desde quando tinha dezesseis anos. - Suspirou aproximando um pouco com movimentos simples.
Quando soube que ele estava por muito dentro preso ali fiquei tensa e já não quis saber de nada, meus olhos pesaram e estava frio fica ali com aquela roupa com panos finos passei minhas mãos esfregando sobre meus braços.
Levantei-me despedindo dele seguindo para meu quarto ao chegar Anna parecia está dormindo tentei ao máximo não fazer muito barulho mas era quase impossível fazer com que isso não acontecesse. A noite havia passado tão de pressa que acordei com os gritos e empurrões de Anna pedindo para levantar.
A segunda etapa daquele lugar era ter que frequentar as aulas e não faltar nenhum se quer, seguimos pelo corredor quase correndo nossos sapatos faziam barulhos no chão e nossas risadas ecoavam. Ao chegar na sala Anna abriu porta e todos os olhos se voltaram para nós duas que engolimos nossa risada naquele exato momento.
- Vocês estão atrasadas. - Cruzou os braços o professor.
- Desculpe, professor Estefan. - Engoliu seco Anna.
- Muito bem, espero que isso não aconteça todos sabem que nossos horários são rígidos. Temos aluna nova aqui. - Indagou o professor com um sorriso.
A turma inteira olhou ao redor até que me perceberam e fui forçada a ter que apresentar para todos, depois disso permaneci em meu lugar sem falar absolutamente nada. Christopher me olhava com o mesmo sorriso da noite passada Anna percebeu que trocávamos olhares por cada dez minutos.
Segurou sobre o rosto do mesmo fazendo ter sua atenção para mesma e segurou sobre seu rosto forçando um beijo indesejável da parte dele, sua relação com ela estava por água abaixo só ela que não percebia que ele não se importava tanto com sua presença.
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Puro Amor
عاطفيةO que você faria se tudo o que você tivesse acabasse? Como sobreviver em meio à um mundo cheio de mentiras e pessoas falsas. Tudo tem um motivo para acontecer, ou pelo menos, eu espero que sim. Violet era apenas uma garota que perdeu seus pais e...