Olhava para os lados, não o via. Minha paciência já estava se esgotando, essa eu não queria mas nem se quer olhar para ele. Passou-se alguns minutos e olhei para os lados já querendo me levantar, e quando estou guardando minhas coisas que havia tirado, senti um cheiro diferente e sem olhar para trás furiosa, logo sentindo suas mãos em meu rosto. Peguei em sua mão entrelaçando nas minhas, eu estava começando a gostar dele. E dei um sorriso deixando  tampar meus olhos, toquei em seu braço rindo enquanto sentia seus lábios dando um beijo em minha mão, e logo nervosa disse.

- porpetinha? - disse abrindo meus olhos.

Virei-me lentamente com mistério, de olhos fechados ainda fazendo mistério.

- onde você está? - perguntei.

Ele só pegou em minha mão, botando-a em seu rosto. Toquei em seu cabelo depois em seus lábios, rindo de olhos fechados abri lentamente.

- não. - grito. - é você todo esse tempo, e me fez ficar assim esses dias. - disse me afastando dele.

- desculpe, não tive coragem de falar a verdade. Me perdoa. - disse tocando em minha mão.

- seu idiota, como você pode fazer isso comigo. Eu acreditei em você. - disse a pegar minha mochila.

- deixa eu explicar tudo. - disse a segurar meu braço.

- explicar o que? Você me enganou, por isso sentia tudo aquilo.

- calma, me dê mais um chance para explicar. - disse a cair uma lágrima em seu rosto.

Joguei minha mochila parando para ouvi-lo, e me sento em sua frente.

- Crawford, por quê fez isso comigo? - disse séria para ele.

- Meg, quantas vezes dei pista para você adivinhar. Você não sabia que todo esse tempo era eu?

- como  vou saber, como você conseguiu meu número?

-  você quando estava com Harry, escreveu seu número na mesa do refeitório, e depois de alguns dias eu encontrei. - disse ele a suspirar.

- você é um idiota. - disse a jogar minha mochila nele.

- calma, mas eu amo você. Quantas vezes dei pista para você.

- não. Calma, Crawford. Você me disse que mora tão perto de mim? - disse a montar todas as peças.

- sim.

- não, isso é um engano. A janela colorida, é sua? - disse assustada.

- sim. - disse ele de cabeça baixa.

- então a aquela casa na outra esquina? - perguntei sem entender.

- essa casa que levei você até lá, é do meu pai. Samatha também fica lá, mas eu nunca quis ir embora. Por morar do lado da sua casa.

- você me decepcionou, como pode fazer isso?

- você me ensinou tantas coisas, me fez perder a vergonha.

Olho para ele que me olha com um sorriso no rosto, e logo pega sua mochila. Tirando de dentro uma pintura.

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