Puro Amor

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Eu estava sentindo um exaustão com tudo isso que estava acontecendo, me sentei na cama a olhar para o lado. Não podíamos usar ainda o celular, pois a qualquer hora eles poderiam entrar, me deitei na cama para poder dormir. Pelo menos um pouquinho, estava vivendo um pesadelo. E ao me espantar com Florence me chamando, me assustei pensando que algo estivesse acontecido com ela, ou com alguma delas. Naquela boate, todo dia era noite. Pois era escura, e todo tempo tinha gente.

- Jasmim. - me chamou mais uma vez.

- sim? - disse ao olhar para ela.

- temos que ver Arthur. - acho que Florence estava sentindo algo, pressentindo algo.

- o corredor está livre? - perguntei olhando para a porta aberta.

- sim, não está ninguém na boate. Levaram algumas meninas para limpar.

- vamos. - me levantei saindo.

Andamos pelo corredor, finalmente estava silêncio. Eu estava cansada de ouvir passos, ouvir vozes a todo momento. Abrir a porta bem devagar olhando para dentro, Arthur ainda estava lá dentro. Entramos e me sentei do seu lado, ele já estava acordado. Mas estava muito fraco.

- Jas. - disse ao me ver, me sentei do seu lado.

- estou aqui, eu estou aqui. - comecei a chorar vendo a situação em que estava.

- como você está? - disse entre o braço.

- eu estou bem, vejo que não comeu nada. - toquei em sua cabeça, Florence estava sentada vendo nós dois.

- não quero comer, se for pra viver nesse lugar. Prefiro morrer.

- não diga isso, vamos sair desse lugar. Vou tirar todos daqui. - passei a mão em seu rosto limpando suas lágrimas.

- você conseguiu falar com Violet? Com alguém pelo menos. - me olhou, e logo olhando para ela.

- sim, mas não pude falar nada. Essa aqui é Florence, estamos fazendo de tudo. - peguei no braço dela para se aproximar mais.

- olá. - disse ela ao ver ele, se sentou a nossa frente.

- oi, Jasmim, sei que você consegue. Você é inteligente, pensa...pensa... - disse ele implorando.

- eu estou fazendo de tudo, eu estou fazendo o possível.

- continue assim, agora vá. Pode vir alguém e ver você aqui. - Arthur pediu que saísse.

- vai ficar tudo bem. - disse chorando, sabendo que nada iria ficar bem.

- um beijo? - botou sua cabeça perto da minha, me dando um beijo.

Dei-lhe um beijo, fiquei com nossos lábios encostados. Por pouco tempo, me levantei sem olhar para trás. Pois sabia que não iria resistir, voltei para onde todas as garotas estavam. Deixamos tudo Limpo, e quando chegou a hora de nos arrumar. Peguei o celular, enquanto uma fazia cobertura caso aparecesse alguém, convenci elas de que se ligasse para minha família eles iriam ajudar, por minha mãe ser advogada acabaria com aquele lugar no piscar de olhos. Todas queriam falar com seus pais com seus familiares, mas não podia. Ou ligava para um ou não ligava, então todas concordaram em ligar para minha família, em segundo ligar para a polícia pedindo ajuda. Meu coração estava acelerado, começou a chamar mas não atendia. Liguei novamente, e quando ela atendeu a porta se abriu. Acho que souberam que estava com um celular, abriram com tanta força a porta que a garota que estava fazendo cobertura, caiu no chão com o rosto a bater. Todas se afastaram de mim e um deles viram que estava com o celular, foi em minha direção. Pensei que Violet estivesse ouvindo tudo.