Guilherme Narrando:
Não consigo parar de pensar em Eloá, aquela menina tem um demônio no corpo e um sorriso de anjo. Alex pelo jeito gostou dela, ou talvez esteja agradando-a só pra transar com ela. Conheço muito bem o meu amigo e sei que ele não é de se apegar a ninguém, é igual a mim, mas mulher para ele só serve pra comer e depois largar, o mesmo tem um penca de filho espalhado pelo morro e tudo de mulheres diferentes. Eu não sou diferente dele, pego algumas mulheres e estou até pegando a irmã dele, só que não é nada sério. Quando eu for pra me apegar a uma mulher ela tem que ser muito boa mesmo pra me deixar apaixonado por ela.
Por um lado estranho meu, não quero que Eloá seja mais uma dele, na verdade não quero nem que ela transe com ele. Não me pergunte o porquê, pois nem eu sei, só quero que ela fique longe de mim e do Alex.
Sou amigo do Alex desde criança, eu o considero como irmão. Eu sempre o protegia das encrencas que ele nos metia, quebrava os moleques da favela se eles tocassem um dedo no Alex. Éramos o terror da favela, e o pai do Alex, o tio Henrique era o dono do morro ele gostava muito de mim, treinava eu e Alex para um dia assumir o posto de donos. Eu praticamente morava em sua casa, minha mãe não gostava muito de que eu ficasse na casa do Alex, no entanto quando ela faleceu, eu praticamente fui adotado pelo tio Henrique só que ele morreu em uma invasão no morro. Um policial desgraçado matou-o covardemente e desde então a minha raiva por policiais cresceu e hoje tenho vontade de eliminar cada um deles.
Vou para a minha casa que é bem simples, na verdade só tem três cômodos e nem deveria ser chamada de casa, mas é; só tem um quarto, uma cozinha apertada e um banheiro, não sou do tipo que fica ostentando com casa de luxo, até porque moro na favela e aqui todo mundo é humilde, mas Alex fez questão de fazer uma casa com direito à piscina e tudo no alto do morro, mora ele e sua irmã, mas ele leva várias putas e faz bastante festa lá. Eu de vez em quando vou para lá só pra filar uma boia mesmo, porque eu não sei fazer comida a não ser miojo que todo mundo sabe, e como ele tem uma empregada que é a dona Maria ela faz comida filé. Fecho a porta e jogo a chave com a carteira em cima da pia da cozinha, vou para o quarto e deito no colchão que ficava estirado no chão. Ligo o ventilador porque estava um calor da porra, tiro a camisa e fico pensando na Eloá. Droga, por que tenho que ficar pensando nela? Eu não quero pensar naquele corpo, naquela boca rosada, no seu rosto angelical e demoníaco ao mesmo tempo. Balanço a cabeça e tento dormir mesmo pensando naquela demônia da Eloá.
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Eloá Narrando:
Depois do almoço, subo para o quarto e tranco a porta. Sento na cama e pego a minha pistola e a limpo, faz tempo que eu não dou uma limpeza no meu bebê, depois de limpa vejo meu telefone vibrar e havia várias mensagens e ligações de Laura e Heitor. Respondo a mensagem do Heitor;
''Estou bem, fui recebida pela a família que me indicaram. Eles são ótimos! Comecei a me infiltrar na favela e aos poucos vou conseguir informações. Beijos. ''
Envio a mensagem e ligo para Laura para saber oque ela queria comigo e a mesma atende no segundo toque.
-Oi Laura, como está?
-Oi amiga, eu que lhe pergunto como estar.
-Estou bem na medida do possível e você?
-Também estou. Liguei pra saber como você estava já que você não dá noticias né? Espero que esteja tudo ocorrendo direitinho e que essa missão termine logo para nós comemorarmos tomando várias tequilas. –Caímos na gargalhada. Laura é uma ótima amiga de bar, quando a gente vai para o barzinho que tem em Copacabana se acabamos na tequila.
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OPERAÇÃO NO MORRO
RomanceEva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não gosta de bandidos e fará de tudo para deter cada um deles. Guilherme? Um homem guerreiro, gerente do tráfico do complexo do alemão, braço d...