Eloá narrando:
Acordei antes mesmo de o alarme tocar, levanto-me e faço um coque no meu cabelo. Estava mal humorada, qualquer um ficaria na minha condição. Arrumo minha cama, troco os lençóis, mesmo tendo trocado ontem depois que Alex saiu. Deixo meu quarto um pouco ajeitado, pego uma muda de roupa e a minha nécessaire. Desço e entro no banheiro, escovo os dentes e tomo um banho rápido. Saio do Box do banheiro e passo meu hidratante e todo o meu uso pessoal, coloco roupas intimas e visto uma calça por cima e uma blusa de malha de manga longa cinza, penteio os cabelos e faço um coque de lado todo despojado. Faço uma maquiagem leve para esconder as olheiras e a cara de quem passou a noite toda chorando.
Saio do banheiro e vou para cozinha, preparo um toddy com leite e tomo de uma vez só. Subo para o quarto e pego a minha bolsa, passo um pouco de perfume e saio. Escrevo um bilhete para Ceci e deixo pendurado na porta da geladeira.
Saio e vejo que ainda era cedo, o dia estava amanhecendo e por milagre o tempo estava fechado, ontem a noite havia caído uma chuva que fez o meu quarto ficar geladinho o suficiente para eu conseguir dormir com a coberta. Desço o morro sentindo um frio na barriga, graças a Deus, não encontrei nenhum garoto do movimento. Cheguei ao pé do morro e peguei um táxi mais a frente, e dentro de meia hora, chegamos a Copacabana. Paguei a corrida e fiquei parada diante do meu apartamento, não sabia se entrava ou não. Estava louca para entrar e aproveitar a minha cama, o meu apartamento e todas as minhas coisas, mas se eu entrasse acordaria minha amiga e a mesma faria diversas perguntas que sinceramente não estou a fim de responder, e outra que eu não me aguentaria e falaria a verdade sobre o Rafael para ela. É o certo a fazer, contar a verdade e dá um basta nesse ''romance'' dos dois, mas não antes de conversar com ele e tirar informação daquele infeliz.
Resolvo então ligar para ele e tentar de se encontrar agora, vai parecer loucura e até meio desesperador, mas era isso ou eu ficava criando raízes em frente ao meu apartamento.
Era a segunda vez que eu ligava para ele e depois de quase dez toques, ele me atende.
-Quem é? –Rosnou furioso.
-Sou eu, infeliz. –Digo e reviro os olhos, ele não saberá quem sou eu mesma.
-Eva? Ligando-me há essa hora... –Ele diz com a voz mais suave.
-Eu achei melhor nos vermos agora, já estou em Copacabana e quanto mais rápido melhor. Vou te encontrar na cafetaria, tudo bem? –Indago e ele faz um barulhinho chato com a boca.
-Por que não aqui em casa?
-Já disse que não vou à sua casa, ou é isso, ou não é nada. –Altero a voz
-Calma, doçura. Já tô indo, me espera lá. –Ele diz e eu desligo.
Vou caminhando a passos largos até a cafetaria, parecia que alguém me seguia, toda hora olhava para trás, mas não via ninguém atrás de mim, há não ser pessoas indo trabalhar. Quando chego lá quase não vejo ninguém, me sento em uma mesa um pouco mais reservada que havia lá, peço um cappuccino gelado e fico esperando o traste chegar, e dentro de dez minutos ele chega. Ele usava uma calça jeans que caía perfeitamente em seu corpo e uma blusa de manga curta e com uma jaqueta por cima. Ele sorrir ao me vê e caminha em passos rápidos até a mesa.
-Bom dia, doçura. –Ele se senta a minha frente ainda com um sorriso largo no rosto. –É bom responder as pessoas, isso se chama educação. –Ele diz sarcástico.
-Me diz logo oque quero saber. –Falo sem rodeios.
O garçom se aproxima trazendo o meu cappuccino e em seguida anotando o pedido do traste do Rafael.
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OPERAÇÃO NO MORRO
RomanceEva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não gosta de bandidos e fará de tudo para deter cada um deles. Guilherme? Um homem guerreiro, gerente do tráfico do complexo do alemão, braço d...