Capítulo 42

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Eva narrando:

Não dava mais para esconder a verdade do deus grego, uma hora ou outra ele iria descobrir sobre a minha antiga gravidez. Ainda estava abraçada com ele, minha cabeça apoiada em seu peito, inalava o seu perfume misturado com o cheiro de amaciante que impregnava em sua camisa. O seu queixo estava apoiado sobre a minha cabeça e seus dedos ágeis tateava minha pele.

O choro não havia cessado por completo, ainda soluçava.

-Você está bem? –Perguntou. Abri os olhos e voltei a encarar seus olhos verdes, dava para ver nitidamente sua preocupação no modo que ele me olhava.

Consinto com a cabeça, e ele me aperta mais contra o seu corpo. O calor de seu corpo me esquentava me deixando fora de mim.

Mordi os lábios, ainda olhando para ele.

-Não faz isso. –Pediu, fitando meus lábios.

Toquei minha mão em seu rosto, passei carinhosamente os meus dedos em sua barba rala até chegar em seus lábios rosados.

-Senti falta deles. –Digo olhando para ele.

O deus grego sorriu e abocanhou um dos meus dedos e o chupou. Tiro o dedo de sua boca e desço com a minha mão até o seu coração, pairo a mesma na região e sinto seus batimentos cardíacos.

-Você ainda... me odeia? –Indago, sentindo um frio na barriga.

Ele ficou quieto, e em seguida passou sua mão no meu rosto, suavemente.

-Acho que nunca te odiei de verdade minha demônia. –Confessou me arrancando um sorriso largo. –E você? –Indagou, segurando em meu rosto. Nego com a cabeça e ponho minha mão sobre a sua.

-Eu, amor, você. –Digo e ele rir, uma risada gostosa de ouvir.

-Eu, amor, você? Não está errado isso não?

Neguei e subi em cima do seu colo. A barra da toalha havia levantado um pouco, deixando minhas coxas desnudas. Contornei meus braços ao redor da sua nuca e colei nossas testas.

-Não. Está certinho. Eu, amor, você, simples assim. –Comento e um sorriso sincero surge em seus lábios.

Ele me segura pela cintura e pressiona a mesma em seu colo, aproximei meus lábios dos seus, sedenta por eles.

-Eu, amor, você. –Sussurrou, me deixando sem reação.

Ele tocou seus lábios junto ao meu me causando arrepios.

Senti tanta falta dessa boca, dessa língua ágil e do modo que ele suaviza o nosso beijo feroz, deixando ele mais leve.

Escuto o barulho do seu celular tocar.

O deus grego parecia não ligar para o barulho, o mesmo continuava a movimentar a minha cintura em seu colo, e por consequência senti seu membro endureceu por debaixo da calça que usava.

-Droga! –Gemeu, beijando meu pescoço.

Fitei o celular estirado no chão, o barulho era insistente e não parava de tocar. Até perdi minha concentração. Desviei do deus grego e ajeitei a toalha no meu corpo quase desnudo, peguei o celular e me assustei quando li o nome do Alex.

-É o Alex. –Comento amedrontada.

Guilherme se levantou e parou a minha frente, ergueu a mão e eu devolvi o seu celular. Antes de atender pediu silêncio.

-Fala. –Diz o deus grego me encarando.

Sussurro para ele pôr no viva voz, na verdade implorei. Ele colocou e eu ouvi a voz grossa de Alex. Assustei-me. Pus a mão na boca para reprimir quaisquer ruídos que saísse.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora