Capítulo 55

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Eva narrando

-Você quer que eu te perdoe pela sua traição? -Indaguei sem acreditar.

-Eu não sei oque houve... -Balbuciou. -Eu ia voltar pra casa depois da festa e de repente eu já estava bêbado e com...

-Com a sua puta? -Olhei para ele e o mesmo parecia pensativo. Cretino!

-Eva, eu não estava consciente. Eu nem sei oque eu realmente fiz. -Disse com a voz baixa.

-Está querendo dizer que você foi drogado?

Ele levantou da cama e ficou andando de um lado para o outro. E de repente começou a gritar "sim".

Lorenzo se remexeu na cama e estava a ponto de acordar. Levantei da cama e empurrei Guilherme para fora do quarto.

-Qual é a porra do seu problema? Lorenzo vai acordar e tudo por sua causa, seu safado mentiroso. -Esbravejo.

Ele me segurou pelo punho e colou nossos corpos. Seus lábios tocaram minha testa e mesmo eu tentando me afastar, ele me apertava com mais força.

-Eu não te trai. -Disse confiante. -Eu nunca trairia a mulher que eu tanto amo, porra.

Já podia sentir o gosto salgado das minhas lágrimas escorrendo pelo meu rosto e indo de encontro com a minha boca. Inalei seu perfume o máximo possível. Não sabia se podia confiar nele, não depois que ele se tornou um ogro comigo.

-Eu não consigo acreditar em você Guilherme. -Digo com a voz trêmula.

Ele me soltou e olhou para os meus olhos, o mesmo segurou o meu rosto com as suas mãos.

-Eu juro por tudo que é mais sagrado... -Ele parou de falar e se agachou no chão, e chamou Lorenzo que havia acabado de acordar. Ele pegou o nosso pinguim no colo e o abraçou. -Eu juro pelo Lorenzo que eu nunca trai você com mulher nenhuma. Por favor, Eva confia em mim. -Implorou com os olhos cheios de lágrimas.

Engoli em seco.

Ele parecia está dizendo a verdade, mas para mim tudo estava confuso. Não sabia se podia realmente confiar nele...

Que merda.

-Mamã. -Chamou Lorenzo. Abri um sorriso confortante para ele.

-Oi meu amor. -Me aproximo dele e beijo suas fartas bochechas.

Guilherme segurou a minha cintura, me aproximando novamente de seu corpo. Ele me olhava com atenção e suas lágrimas escorria pelos seus lindos olhos verdes.

-Eu amo você Eva, amo a nossa família e eu não seria tão filho da puta de destruir isso que construímos. -Sussurrou.

-Por que você estava agindo igual um monstro comigo, já que diz tanto me amar? -Fiz a pergunta que tanto me corroía esse tempo todo.

Ele ficou em silêncio. Beijou o topo da minha cabeça e do nosso pinguim.

-Eu só quero proteger vocês dois. -Afirmou.

-Proteger de quê? Não estamos seguros nesse inferno?

Peguei o nosso filho no colo e apoiei sua cabeça em meu ombro.

Guilherme ficou pensativo, olhou para o lado e fechou os olhos por um segundo. Ele reabriu os olhos e tentou desviar da minha pergunta com um sorriso de canto para mim.

-Eu vou atrás da verdade, Eva. E vou fazer tu acreditar em mim de novo. Tu vai ver só. -Disse com um sorriso forçado nos lábios.

Senti um arrepio por todo o meu corpo. Meu coração bateu mais forte e uma angústia preencheu o meu peito.

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