Eva narrando:
Com dificuldade abri minhas pálpebras, minha visão ainda estava embaçada. Forcei os olhos olhando todo o quarto, avistei Guilherme dormindo na poltrona. Franzi a testa e tentei me levantar, mas uma de minhas mãos estava algemada na cabeceira da cama. Puxei diversas vezes tentando me soltar dali, mas acabei me machucando.
-Tu não vai conseguir sair, então é melhor para de tentar, senão vai ficar toda machucada. –A voz de Guilherme soou rouca atrás de mim.
Fuzilei-o com o olhar. Abri a boca para xinga-lo, mas desisti.
-Por que diabo está fazendo isso? –Indago, tentando manter a voz calma.
-Pensei que estava explicito. –Ele diz se levantando e caminhando lentamente até a mim. –Você vai ficar presa aqui... sob os meus cuidados. –Disse com um sorriso no rosto.
-Não Guilherme, e-eu, eu preciso salvar a minha amiga. –Grito tentando me soltar.
Ele abriu um sorriso. Um sorriso delicioso de se ver.
Ele segurou o meu punho algemado me forçando a parar de tentar puxar a minha mão.
-Já chega demônia. –Ordenou.
-Você não pode fazer isso comigo, Guilherme. Por favor, se eu não for até o Alex, ele vai matar a Cat. –Choramingo. –Por favor, por favor.
-Se tu for, ele vai te matar. Luana, Alex, Amanda, DR e Afonso quer a sua morte... –Ele fala olhando em meus olhos, sinto um tremor pelo corpo todo.
Não sei se rio ou choro com tantas pessoas querendo a minha morte. Não tinha noticia sobre Luana, mas só de saber que agora ela se juntou a Alex para terminar o seu serviço, me deixa mais assustada.
-Não acredito que Luana se juntou a vocês... Aquela vaca. –Digo sentindo as lágrimas brotarem em meu rosto.
-Ela que me ajudou a sair da prisão. –Confessou.
Olhei seus olhos verdes tentando procurar pelo meu deus grego, mas sabia que ele estava com raiva e com ódio de mim.
-Todos te odeiam. –Acrescentou com desdém.
Senti uma vontade enorme de chorar, não sabia direito o porquê de tanto ódio, mas também não ligava para os outros, só que ouvir isso do Guilherme é como levar uma apunhalada no peito.
Fico em silêncio, olhando para a cama.
Guilherme se sentou novamente na poltrona, me olhando cauteloso.
-Até você? –Pergunto, com um nó na garganta se formando.
Ele ficou em silêncio, olhei para ele procurando por resposta, mas nada.
Ele se levantou e saiu do quarto, me deixando sozinha com a minha pergunta. Suspiro fundo e choro, baixinho. Eu precisava chorar e colocar tudo para fora, pelo menos por agora.
Olhei para a algema que é tão familiar a mim e tentei de todas as formas abri-la.
-Se eu tivesse um grampo... –Digo sozinha, olhando para o pequeno fecho. –Que inferno. –Grito, puxando a minha mão a todo custo da algema.
Há essa hora Alex deve ter feito algo contra a Cat, isso tudo por eu não ter cumprido com o combinado, e tudo por culpa do idiota do deus grego.
Mordo os lábios e encosto a cabeça na cabeceira, dando por vencida. Não consigo me soltar e me sinto uma péssima amiga.
-Me perdoe Cat... –Sussurro, pensando em minha amiga.
***
-Acorda.
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OPERAÇÃO NO MORRO
RomanceEva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não gosta de bandidos e fará de tudo para deter cada um deles. Guilherme? Um homem guerreiro, gerente do tráfico do complexo do alemão, braço d...