Eva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não gosta de bandidos e fará de tudo para deter cada um deles.
Guilherme? Um homem guerreiro, gerente do tráfico do complexo do alemão, braço d...
Ontem recebi a visita de Heitor que me contou coisas incríveis, falou de tudo que estar acontecendo no mundo resumidamente, e sobre o seu emprego. Também disse da sua nova namorada, e a conversa foi tão agradável que nem parece que já tivemos algo no passado. Na semana passada a Dona Cecília, Kayla e Diego vieram me ver. Parecíamos um quarteto chorão. Mas no fim, conversamos e matamos as saudades. Minha tia teve que ceder a visita para eles vir, por isso não pôde ver o meu bebê essas semanas, mas a próxima ele vem.
Ando em passos calmos pelo pátio, respirando o ar puro da manhã. O vento era calmo e frio, era uma combinação ótima para iniciar um novo dia.
Tinha uma fila se formando no portão principal. Hoje tinha entregas de cartas dos familiares. Não sabia se minha tia havia mandado cartas para mim, mas resolvi ir tentar sorte.
Fiquei na fila por alguns minutos e fui surpreendida quando a moça achou cartas para mim.
—Tem duas cartas para você. —Disse a carcereira.
Peguei as cartas e agradeci.
Sento no banco do pátio, distante das outras detentas, e abro com ferocidade a primeira carta.
"Meu amor, estou com saudades imensas de você. Não sou muito bom em escrever, mas por você posso fazer o impossível. Comprei uma casa para nós dois, quando sair viveremos juntos. Prometo que dessa vez tudo vai dar certo.
Você é minha e eu sou seu.
—A. "
A carta estava endereçada com o nome de Sebastian e eu não conhecia ninguém com esse nome, mas ao ler à escrita, reconheci que era Alex.
Por que esse homem não pode seguir a vida dele e deixar a minha de lado? Que saco!
Deixo o papel de lado e abro a segunda carta já estressada. Se for mais uma dele vou pedir pra cancelar qualquer carta que estiver endereçada a mim.
Quando abro o papel e vejo o desenho de Lorenzo me transformo em uma manteiga derretida. Era um desenho de uma casa perfeitamente desenhada e pintada. E no verso do desenho dizia que ele estava com saudades de mim. Abracei o papel com tanta força como se aquele pedaço de papel fosse o meu filho.
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—Ah Lorenzo... —Suspirei.
Pus o seu desenho de volta no envelope e peguei o do Alex e joguei no lixo. Caminhei em passos largos para retornar para a fila, o horário do banho de sol havia encerrado. As carcereiras fizeram as contagens e depois liberou por bloco e cela as detentas.
—Recebeu cartas? —Indagou Soraya quando entramos na cela.
—Sim, do meu filho. —Digo com um sorriso de orelha a orelha.
