Capítulo 46

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Rafael narrando:

-E ai conseguiu pegar a vadia? –Indagou

-Não, o cara deu cabo dela. –Digo olhando para Catarina estirada no meu sofá.

-Que estranho, eu jurava que ele iria ajuda-la, sei lá levar ela embora ou qualquer outra coisa, menos mata-la. –Balbuciou baixinho.

-Por que achava isso?

-Ele não me inspirava confiança, além de eu ainda achar que ele está tramando algo junto com Eva. Bem provável que ela tenha abrido as pernas para ele assim como faz com todos.

Cerrei os punhos e bati com a mão na mesa de centro, causando uma rachadura no vidro.

-Que barulho é esse? –Indagou curiosa.

-Nada. –Largo o celular no balcão e lavo minha mão ensanguentada. –Luana?

-Fala.

-A Eva está com você?

-Se estivesse estaria degolada agora, mas não, ela está sob os cuidados do Alex, por enquanto. –Disse, suspirando fundo.

-Ele vai mata-la?

-Espero que faça, mas tenho receio de que Alex dê pra trás. Mas qualquer falha da parte dele, eu mesma mato a vadia.

Fecho os olhos e me apoio na bancada da pia, jogo a cabeça para trás e suspiro fundo.

-A onde exatamente vocês estão? –Pergunto, querendo arrancar respostas.

Ela fica em silêncio.

-Fala Luana. –Exijo.

-Você acha que eu sou tola? Eu amo você, até demais meu irmãozinho, e por isso não vou envolver mais você nesse assunto.

Solta uma risada forçada e cerro o maxilar.

-Mais do que já me envolveu? Luana escuta só, eu posso te ajudar a dar fim na Eva, mas para isso você precisa me contar onde vocês estão exatamente.

-E por que você me ajudaria?

-Porque sou seu irmão e... –Gaguejo e ela rir.

-Porque você a deseja e quer ela pra saciar sua vontade, não é mesmo irmãozinho?

Luana não fazia ideia do quanto eu precisava da Eva. Não dormia porque pensava naquela mulher egoísta e ingrata que abusou de mim e como se eu fosse um objeto sem utilidade, me descartou. Eu quero que ela sinta o desprezo que eu senti, e Catarina será meu alvo para atingir ela, não importa oque farei para tê-la. Nada mais me importava, nem mesmo o meu emprego. 

-Você está louca. Nem de longe eu a desejo. –Minto e estanco o sangue da minha mão com um pano de cozinha.

-Vou fingir que acredito nisso, até porque você não a terá de jeito nenhum. Pretendo dá um fim na vida miserável da vadia, enquanto isso sugiro que você procure outra puta pra você comer. Até mais.

Jogo o celular em cima da bancada e começo a quebrar tudo que eu via pela frente, copo por copo iam caiando no chão, fazendo um barulho ensurdecedor.

Volto para a sala e encontro Catarina despertando e quando ela finalmente vislumbrou o lugar onde estava, ela deu um pulo do sofá se pondo de pé.

-Fica longe de mim, seu vagabundo, cretino. –Gritou.

Suspirei fundo e peguei a arma de cima da mesinha e apontei para ela.

-Vou te fazer algumas perguntas e eu acho melhor você me responder cada uma delas. –Digo e ela arregala os olhos. –Ouviu caralho? –Ela se assustou e acenou com a cabeça. –Senta.

Ela ficou relutante e eu a empurrei. Sorrio e me sento ao seu lado, apontando a arma para sua perna.

-Certo. A onde está a Eva?

Ela ficou em silêncio, e eu destravei a arma.

-Eu não sei.

-Sabe sim, me diga a localização do esconderijo a onde estava.

-Eu não sei... –Pus a mão no gatilho e ela me encarou, em prantos. –Era longe daqui, parecia está localizado numa aérea rural. Tinha uma casa bonita, a pintura da casa era amarela e... ficava, talvez, uma hora daqui ou mais. Eu não sei muito bem, Rafael. Por favor, me deixa ir. –Chorava copiosamente.

A descrição do lugar não era irreconhecível para mim, parecia bem familiar.

Penso um pouco e imagino as várias casas que pertence a Luana, e depois de alguns minutos, recordo-me da casa dos nossos pais. Quando éramos crianças vivíamos na aérea rural e quando se mudamos, mamãe deixou a casa sob os cuidados de Luana.

-Nesse lugar a onde você estava, por acaso você viu algum lago ou algo parecido? –Indago e ela fica pensativa.

Passo as mãos em seus cabelos e carinhosamente encosto minha arma em seu rosto, alisando-a.

-S-sim, eu vi um... um pouco próximo da casa. –Disse me encarando.

-Ótimo.

Levanto-me e caminho de um lado para o outro, imaginando por que diabo Luana tinha que colocar os bandidos na casa dos nossos pais. Ela está louca. Só isso explica.

-Por que essa obsessão pela Eva? –A voz de Cat saiu fina e fraca, olhei-a e me agachei perto da mesma. –Você a ama?

Passei a mão em seu rosto até chegar nas pontas do seu cabelo.

-Eu não sei, mas eu preciso proteger ela da minha irmã. –Digo, e encaro o chão. –Eu sinto muito Cat, mas não posso deixa-la ir. Você vai me ajudar chegar até a Eva, tá bom?

-Por favor, eu só quero...

-Shi... –Coloco a ponta da pistola colada em seus lábios. -Descanse, pois amanhã iremos trazer de volta nossa amiga em comum. Eva. –Sorrio e ela volta a chorar, agora soluçando. -Alias, você tem que me dizer mais sobre o rapaz que te levou para o aeroporto? Quero saber tudo, ouviu bem? -Ela vira o olhar e consente, em seguida. 

Aplico outra seringa no braço de Cat e ela volta a dormir. Pego um cobertor e a cubro, antes de ir para o quarto, algemo sua mão e apago as luzes.

Caminho para o quarto e arranco a camisa pela cabeça, jogo-a no chão e ando até o banheiro. Retiro o restante das minhas roupas e adentro o box, limpando o meu corpo com a água morna que descia pelo chuveiro.

-Logo, logo terei você aqui Eva. Você vai ser meu brinquedinho. –Digo e começo a me masturbar pensando naquela demônia linda.


***


OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora