Capítulo 7

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Alex narrando

Sai da casa do Guilherme um pouco desconfiado da sua atitude, parecia estar nervoso, talvez estivesse já que ultimamente a gente anda se estranhando, mas ele continua sendo meu melhor amigo. Ele é diferente de qualquer outro amigo que tenho, desde moleque sempre fomos amigos e nada estragou a nossa amizade, por isso estamos até hoje firme e forte. Quando meu pai morreu, nós dois assumimos a boca, aqui nós dois é o patrão, mas ele gosta mesmo é de ser subgerente e o cara é inteligente pra porra.

Não é de hoje que negocio com policiais corruptos, sempre presenciei meu pai pagando os caras para não patrulhar o morro e trazer informações para ele, a cada passo que os safados queriam dar a gente dava primeiro e eliminava os filhos da mãe antes mesmo deles invadirem o morro. Até hoje eu sei os passos desses desgraçados e ninguém irá tomar a minha favela, antes Guilherme fazia as negociações, mas ele tem tanto ódio por policiais, assim como eu, mais o ódio dele chega ser maior que o meu que ele parou de negociar com os desgraçados e faz de tudo para não encontrar policiais em sua vida, pois senão é capaz de matar a sangue frio cada um deles. Ele era bastante apegado ao meu pai e vivia dentro da minha casa, meu pai o considerava o seu segundo filho homem e dava de tudo para nós dois.

Desci o morro cumprimentando alguns moradores mais chegados, não era um traficante bonzinho e nem malvado, mas comigo era assim se mostrou respeito comigo beleza, senão é chumbo na cara. E todos sabem do meu temperamento, então ninguém é doido de não me respeitar.

Chego à casa da Eloá e já chamo pela mesma, não sou atendido por ela e sim pela Kayla que estava usando um vestido curtinho e justo. Até que ela era gostosa e bonitinha também, dá para o gasto, se eu não tivesse enrolado agora até que pegava ela pra dar um trato.

-Cadê Eloá? –Indaguei e ela ficou mais branca do que já era. –Responde caralho. –Ela olha para o lado e depois abri um sorriso.

-Tá logo ali. –Me viro e vejo Eloá se aproximando de mim. Sorrio para ela e a mesma estava com a cara fechada.

-Oi princesa, a onde você estava a essa hora? –Já eram dez horas.

-Eu... Han... –Balbuciava

-Prima que demora é essa pra voltar do mercadinho? Minha mãe já está doidinha aqui. –Disse Kayla. Eloá olhou para ela e consentiu com a cabeça várias vezes.

-Isso mesmo, nossa eu me perdi de novo nesse morro... É tão grande. –Ela disse e eu desconfio. Ela está mentindo pra mim, isso é visível.

-Oque foi fazer no mercadinho? Não comprou nada não? –Indaguei curioso

-Eu não achei oque estava procurando... –Ela disse mordendo os lábios.

-E oque era?

-Era... Um... Pimentão. –Ela diz e Kayla se aproxima enrolando seu braço nos braços da Eloá.

-Isso mesmo prima. –Disse Kayla mostrando os dentes pra mim.

-Beleza, vim aqui pra nós conversa... –Digo dando um beijo no canto da sua boca. Mal toquei nela e meu membro pulsava dentro da minha cueca.

-Claro... –Ela disse.

-Vamos entrar, minha mãe está preparando um almoço muito bom. –Anunciou Kayla. Conheci a fama da sua mãe pela comida, ela era ótima mesmo. Os moleques do movimento vivi comprando marmita aqui.

-Opa, comida é comigo mesmo. –Digo olhando para Eloá e ela percebeu a minha indireta e até ficou vermelha.

Mandei os moleques ficarem do lado de fora me esperando e prestar atenção na atividade. Adentrei a casa da dona Cecilia segurando a mão de Eloá, que por sinal estava fria e soava muito, logo estávamos na sala e fomos recebidos pela própria dona Cecilia.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora