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—Você está acordando... —Dizia a enfermeira, animada.

Ela correu para a porta e gritou por um médico. Não demorou muito e o médico de plantão apareceu.

—O que está acontecendo? —Indagou, olhando firmemente para o olhar da enfermeira noturna.

—Ele mexeu a mão, e depois forçou os olhos para abrir. —Respondeu.

O doutor examinou-o e tudo parecia está normal, apenas uma alteração na pressão.

—Acho que você viu errado, enfermeira. Ele continua na mesma.

Ela negou com a cabeça e se aproximou melhor do paciente de cabelos castanhos claros, quase loiros, e o cutucou.

—Sei que você está acordando, então, por favor, acorde.

—A senhora... —O doutor se interrompeu ao ver o paciente mexendo os dedos.

—O senhor viu? Ele mexeu!

O doutor sorriu e segurou na mão do paciente, incrédulo de que aquilo estava mesmo acontecendo, já que o paciente estava quase dado como morto e que em algumas semanas iriam desligar o aparelho que mantinha ele vivo, e agora ele se mexendo.

—O senhor consegue ouvir a gente? —Perguntou para o paciente. Ele deu um aperto forte na mão do doutor. —Ele é forte. -Comentou, alegre. 

A enfermeira tampou a boca com a mão, boquiaberta com a demonstração inacreditável, seus olhos sorriam de felicidade, logo ela que vigiava dia e noite esse paciente com tanta dedicação. Em noites mais calmas no hospital viam no quarto dele apenas para lhe contar como foi o dia dela, e em especial hoje ela fez a mesma coisa, mas ele por fim conseguiu se mexer.

—Precisamos fazer uns exames com ele...

—Eva. —Sussurrou com dificuldade.

—Retira o tubo dele, agora! —Ordenou o médico.

A enfermeira junto com outras, retirou o tubo da boca do paciente. E graças a isso, ele pode falar melhor.

—Eva...

—Eva? Eva é a sua esposa? —Interrogou o doutor.

De repente, como passo de magica, seus olhos foram abertos, revelando aqueles lindos e brilhantes olhos verdes.

—Eva... —Sussurrou.

Com uma lanterninha o doutor examinou seus olhos e tudo estava certo.

Ele acordou chamando por uma mulher que com certeza deve ter algum significado importante para ele.

—Leve-o para fazer exames e quando terminar me mostre. O senhor vai ficar bem, eu prometo. —O doutor gentilmente apertou as mãos do paciente, tranquilizando-o.

—Tudo vai ficar bem. —Garantiu a enfermeira, sorridente.


***


OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora