Capítulo 38

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Guilherme narrando:

Um mês antes:

-Hoje a noite vai acontecer uma rebelião, todos já sabem o esquema. Quando der meia noite, eu abro o portão e você e o seu comparsa vá para ala B e fique lá até eu chegar, não saia sem antes ir até vocês, entendeu? –Disse o guarda, o nome dele era Rodrigo, era um safado corrupto que me iria ''ajudar'' a sair desse inferno. –Uma van estará esperando por vocês do lado de fora, quando vocês chegarem até lá, acelere o mais rápido que conseguir. –Sussurrou.

Estávamos no pátio, tomando banho de sol, alguns homens jogava futebol para descontrair a mente de alguma forma.

Acenei com a cabeça disfarçadamente e o guarda saiu de perto de mim para não dá bandeira.

Não via a hora de sair daqui, de poder respirar um ar puro e finalmente cumprir com a minha vingança.

Sento-me no banco de concreto, quase caindo aos pedaços e Alex se aproxima de mim, sentando ao meu lado.

-Tudo certo? –Indagou.

Acenei com a cabeça e fiquei encarando dois policiais filhos da puta que nos olhavam atento.

-Ótimo, vou avisar DR.

Ele se levantou e eu puxei pelo braço.

-É só a gente. –Digo entredentes.

-Ele é nosso amigo, porra. –Disse baixinho, olhando para os lados.

-O trato era só nós dois, Alex. –Digo.

Não queria levar DR por ele ter ameaçado inúmeras vezes, Eloá. Ele sempre diz que quando sair daqui vai ajudar a Alex a cumprir com a sua vingança. Já disse que vai machuca-la e acabar com a vida da minha demônia, não tenho pena dela, mas só eu posso dizer coisas assim e fazer.

-Vai ser vacilão agora, Guilherme? Ele é nosso parceiro, esteve com a gente nos momentos bons e ruins, porra. Vai dá pra trás agora?

Olho para os lados e encaro Alex, sabia que isso iria dar merda, mas não podia arranjar briga agora, não agora.

-Beleza, mas é só ele, demorô?

Alex confirma e sai à procura de DR, que estava do outro lado do pátio, conversando com outros homens.

Volto a sentar no banco e com cuidado retiro do meu bolso a fotografia da minha demônia, o papel de jornal estava meio amassado mais dava para vê-la nitidamente.

-Logo, logo estarei perto de você... –Digo, enquanto olhava para sua fotografia.

***

Faltavam dez minutos para meia noite, enquanto todos dormiam; Alex, DR e eu estávamos acordados só esperando a hora certa. Quando o relógio apontou meia noite, ouvimos um barulho vindo de outra cela, alguns presos começaram a brigar e logo acordaram todos os presos, de repente, alguns portões que eram automáticos foram abertos e um dos presos abriu a nossa cela, liberando todos ali. Caminhei para fora e avistei Rodrigo parado no portão principal. Em meio à confusão que se intensificavam ali por conta da briga, puxei Alex para perto do portão e imediatamente foi aberto, logo DR estava atrás correndo tão rápido quanto imaginávamos que correria.

-Você não disse que iria trazer esse gordo. –Disse Rodrigo, fechando o portão.

-Como é? –Indagou DR, alterando a voz. O suor da sua testa percorria pela sua face.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora