Capítulo 8

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Eloá narrando

Passei a tarde planejando como ter a atenção de Alex, sem fazer sexo com ele, e conseguir respostas para as minhas perguntas, mas será difícil já que o deus grego vai estar lá. Outra coisa que eu tenho que ter em mente é para de pensar nesse homem. Não posso me envolver com esse tipo de homem, se ele descobre sobre mim é evidente que ele abrirá aquela boca linda e gostosa para o Alex e contar toda a verdade.

Rolo pela cama tentando pegar no sono, mas não consigo dormir e só fico pensando na noite que eu tive ontem. Apoio meus pés na parede e ponho a cabeça para fora da cama. Meu corpo estava elétrico e toda vez que ficava assim eu ia ao clube praticar tiro ao alvo e quando eu saia de lá me sentia renovada e tranquila.

Levanto e caminho até a cômoda, pego a minha arma que estava escondida no fundo falso da gaveta, era uma pistola Glock 18C, era a coisa mais linda. Sempre fui apaixonada por armas, meu pai me ensinou atirar quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Lembro-me da primeira vez que eu toquei na arma dele, era um revolver e fiquei com tanto medo. Meu pai riu de mim e depois me ensinou tudo oque eu precisava saber, dai por diante nunca mais tive medo e sempre quando dava eu pegava na sua arma que ficava na gaveta do guarda-roupa escondida de mim já que a minha mãe tinha medo de que eu tocasse ''naquilo'', mal sabia ela que eu já atirava. Sorrio em pensar nos meus pais, sinto falta deles e meu coração se aperta com a perda dos dois.

Lágrimas rolam pela minha face e, mesmo eu sendo uma pessoa difícil de chorar, tenho vontade de gritar e tentar volta ao tempo.

Guardo a minha arma e me aproximo da janela, me encosto-me ao parapeito e deixo as lágrimas rolarem sem reprimi-las. Eu precisava desabafar tudo está acontecendo tão rápido na minha vida, mas quando entrei na corporação eu sabia dos riscos e dificuldade que enfrentaria ao longo da minha carreira.

Escuto umas batidas na porta, seco as lágrimas e viro para atender. Caminho em direção à porta e destranco, quando a abro avisto Diego com cara de cachorro sem dono.

-Desculpa por hoje mais cedo, eu fui um otário. –Ele diz

-Você passou dos limites hoje. Eu estou de saco cheio de ouvir suas desculpas toda vez que vacila, já deu. –Digo e ele passa suas mãos no rosto.

-Eu sei que errei, é que eu fique com ciúmes Eloá, tenta entender...

-Ciúmes de quê criatura?

-Eu gosto de você... Muito. Eu não quero ver você com aqueles bandidos, porra. –Ele diz e eu quase rio na cara dele.

-Eu vim pra essa merda de morro por causa desses bandidos e não pra ficar de romance com um garoto como você.

-Você não gosta de mim?

-Sério? Diego eu estou ocupada, ok? Dá licença. –Digo fechando a porta.

-Espera... –Ele coloca a mão na porta impedindo de fecha-la. –Seus olhos estão vermelhos... Andou chorando? –Suspiro fundo e caminho para a janela.

Diego estava ao meu lado encostado ao parapeito da janela.

-Que horas? –Indaguei e ele se mexeu para olhar o relógio

-Umas quatro, por quê?

-Nada...

-Você tá triste né?

Eu estava muito triste só não queria demonstrar, principalmente porque estou a trabalho e não posso deixar meus sentimentos transparecer.

-Não.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora