Capítulo 3

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Eloá narrando:

Chegamos à residência da loira e a casa era simples de dois andares, havia um portão na entrada, adentramos a sala e fui recebida por uma mulher baixa, branca e cabelos escuros curtos, a mesma era muito simpática e já veio me abraçando.

-Seja bem vinda. A casa é pequena, mas sempre cabe mais um. -Ela diz com um sorriso no rosto.

-Obrigada. -Digo um pouco tímida. Estava toda soada por ter subido esse morro com essas malas e ainda mais nesse calor.

-Você deve estar cansada. Eu já preparei seu quarto, olha é pequeno, mas é confortável tá bom? -Ela disse toda envergonhada e tímida.

-Ora, eu não tenho essas frescuras não dona, qualquer coisa pra mim está bom. -Digo e vejo-a mais tranquila.

-Deixa eu te ajudar com essas malas... Minha nossa como está pesada, oque tem aqui dentro? Uma âncora só pode. -Reviro os olhos e vou acompanhando a Dona da casa até o meu quarto. Eu ainda nem sabia o nome das duas.

O quarto era pequeno mesmo, assim como foi dito, havia uma cama de casal, uma cômoda e um ventilador. A parede era pintada da cor bege e tinha uma janela entreaberta perto da cama. Jogo minha mochila na cama e abro a janela avistando o morro todo. Dava para ver as crianças na laje soltando pipa, pessoas fazendo churrasco, outras gritando e até algumas meninas pegando sol na laje, aquilo tudo para mim era estranho e chegava ser apavorante.

-Você vai se acostumar... -Disse a loira me olhando.

-Qual é o seu nome?

-Kayla. Essa é a minha mãe, Cecilia.

-Meu nome é Eloá. -Minto e elas me encaram fingindo que acreditava.

-Estou preparando o almoço. Descansa um pouco e depois eu te chamo para ir almoçar. Fica a vontade, viu? -Disse Cecilia. Elas saíram do quarto e eu logo tranco a porta.

Abro a minha mala e tiro as roupas que estavam em cima, e abro o fundo falso e encontro os meus bebezinhos. Eu trouxe comigo diversas armas para me proteger de quaisquer perigos e também escutas, câmeras, meu notebook e vários cartuchos de balas. Instalo a câmera no quarto, pego duas pistolas e passo fita crepe ao redor colando elas debaixo da cama. Coloco minhas roupas dentro da cômoda, optei por não trazer muita roupa logo essa missão terminara e eu estarei livre daqui, ponho os cartuchos e o restante das armas dentro da cômoda em baixo das roupas. Guardo as escutas e o rádio na gaveta de calcinha.

Sento na cama e fico aflita, minhas mãos ficam trêmula e eu tento me acalmar.

-Calma, calma, calma... -Respiro fundo e deito na cama.

Peguei no sono por alguns minutos e sou acordada por umas batidas na porta.

-Eloá... O almoço está pronto. Você está bem? -Soava a voz da loira, ou melhor, da Kayla. Levanto-me assustada e abro a porta.

-Já estou descendo. -digo fechando a porta na cara dela e me encosto-me à mesma.

-Ok. -Ela diz e eu escuto os passos dela.

Olho-me para o espelho que tinha em cima da cômoda, ajeito os cabelos e desço em seguida. Estava com muita fome e o cheiro que vinha de lá debaixo era muito bom. Chego à sala e vou para a cozinha que é ao lado, vejo Kayla sentada e a Cecilia colocava o restante da comida em cima da mesa. Tinha frango frito, batata frita, arroz, feijão, macarrão e purê. Tudo estava com uma cara boa e meu estômago roncava de fome.

-Senta aqui Eloá. -Disse cecilia apontando o assento para mim. Sento em frente da Kayla e a mesma me olhava discretamente.

-Só falta o meu irmão chegar. Daqui a pouco ele vem. -Disse Kayla e eu não tirava o olho daquele frango.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora