OPERAÇÃO NO MORRO

Capítulo 41

Alex narrando:

-Guilherme? –Olho para o celular e vejo a ligação encerrada, firmo a mandíbula e ponho o celular no bolso da bermuda.

Volto para o quarto e encontro Luana sentada na cama, apenas de roupa intima. Abaixo o olhar e suspiro fundo.

-Alex? –Ouvi sua voz me chamar, levanto o olhar e vejo Eloá, ela estava sentada na beirada da cama, usava um vestido florido e tinha um sorriso largo no rosto. Ela se levantou e ficou em minha frente, olhando-me com felicidade, a mesma alisava o saliência de sua barriga, não era tão grande, mas estava redondinha e com o tamanho médio.

Sorri.

-Você está bem? –Indagou. Consenti com a cabeça sem conseguir respondê-la.

Vê-la na minha frente me proporciona uns ''trimilique'' dentro de mim, algo que nunca foi sentido por mim.

-Por que quer machucar a gente? Se você me machucar, vai machuca-lo, você quer isso para o nosso bebê? –Nego com a cabeça, e ela sorri.

Olho para a sua barriga e deixo um sorriso de felicidade escapar em meus lábios, ergo a minha mão por cima do seu ventre, com cuidado, ela põe sua mão por cima da minha, e continuava com um sorriso no rosto.

-Nosso filho. –Digo, fitando sua barriga. Ela não disse nada. Voltei a olha-la e como um colapso, avistei Luana, me olhando com as sobrancelhas erguidas. Provavelmente me achando um louco.

-Oque você está fazendo? –Perguntou, me olhando como se fosse um louco. Olhei seu corpo ainda desnudo, me afastei assustado.

-N-nada, eu... viajei aqui... –Digo passando a mão na cabeça e a coçando.

-Eu não devia ter te contado sobre a suposta gravidez da vaca da Eloá, agora você tá todo paranoico com essa historia. –Afirmou, pousando sua mão na cintura.

-Suposta? Você me garantiu que ela estava gravida, esperando um filho meu. –Cerro os dentes e a encaro.

-Eu disse oque descobri por alto com o meu irmão, o infeliz estava bêbado quando sem querer deixou escapar esse segredinho, porém eu não sei se ela ainda está gravida. Ela pode ter tirado o bebê, sei lá, do jeito que é doida é bem capaz, principalmente que esse monstrin... –Ela para de falar e sorri sem graça. –É seu filho, não é? –Indagou, curiosa.

-É claro que é meu!

Olho feio para ela, analisando-a.

-Como o seu irmão soube a gravidez da minha Eloá? –Pergunto curioso.

-Sua Eloá? –Disse enfatizando o'' sua''. Ela fechou a cara.

-Responde! –Ordeno.

Ela rola os olhos. Pela primeira vez parecia que ela estava medindo suas palavras para responder, justo ela que sempre tem algo afiado na ponta da língua, nunca ficou sem respostas e muito menos demorou a responder.

-Me fala caralho. –Altero o tom e ela se assusta.

-Meu irmão era o namorado da amiga da sua Eloá, esqueceu é? Logo ele sabia muito sobre tudo que envolvia a sua Eloá, principalmente da gravidez. –Disse com ironia.

Sento na beirada da cama e esfrego as mãos uma na outra e desço com o olhar para o chão de piso branco.

-Preciso trazer ela para perto de mim, o mais rápido possível.

Eu sinto falta dela, do seu cheiro, dos cachos de seus cabelos, a sua boca perfeitamente desenhada e rosada, sua pela morena e macia. Eu preciso tê-la ao meu lado, mesmo que isso me faça passar por cima de tudo que eu planejei, inclusive a fazer sentir dor. Eu jurei machuca-la e torna a sua vida um inferno, mas como fazer isso quando a pessoa a quem quer ferir, você ama?