Eva narrando:
Já estávamos na casa de Guilherme, chegamos há quase uma hora e eu não consigo sequer falar com o deus grego ou com a Cat, apesar da pobre coitada está muito assustada com tudo oque aconteceu. Havia acabado de tomar banho e mesmo estando limpa, eu me sentia suja. Não conseguia apagar a cena do neguinho degolado no chão e nem a do Alex me gritando pelo nome. Sei que não devo me sentir culpada por ele, mas eu o enganei e metade de tudo oque houve foi minha culpa.
Sento na cama e espero Guilherme terminar de pôr a camisa limpa, ele também não disse nada, mas às vezes me perguntava se eu estava bem. Eu apenas consentia com a cabeça, nenhum um pouco convincente, e ele percebia isso, mas se calava para não fazer mais perguntas.
Depois de vestir a camisa, ele se posicionou a minha frente e levantou meu queixo levemente para encara-lo.
-Temos que ir embora. –Disse com a voz baixa.
-Você acha que ele vai vir atrás da gente?
Guilherme acenou com a cabeça confirmando.
-Eu não posso fugir, eu tenho o meu emprego aqui... –Suspiro. –Tenho que proteger a Cat, a minha tia...e também tenho que avisar a família do neguinho sobre... a morte dele. –Sinto as lágrimas se formarem em meus olhos.
-Nada disso, Eloá. Vamos embora daqui.
Levanto e passo as mãos no rosto.
-Não temos a aonde ir. Eu não posso simplesmente abandonar...
-Colocamos a Cat no primeiro voo rumo a Goiânia e em seguida vamos, simplesmente, sumir.
Nego com a cabeça ao ouvir a proposta sem pé e nem cabeça do deus grego.
-Tu me prometeu isso, Eva. –Disse se aproximando de mim. –Você disse que faria qualquer coisa se eu te ajudasse. Eu te ajudei, fiquei contra o meu melhor amigo por você, porque eu te amo mais do que você possa imaginar e eu não queria cobrar isso de você, mas você vai comigo e fim de historia.
Engulo em seco e abaixo o olhar.
Ele estava certo. Eu tenho ou tinha uma vida aqui, eu era uma mulher que fazia suas obrigações com satisfação e na primeira oportunidade de fazer a melhor operação, eu ferrei com tudo. Envolvi-me com pessoas que deveria ser meus inimigos.
Guilherme me puxa pela cintura enrolando nossos corpos. Fixo meu olhar aos seus lábios rosados e no canto da sua boca tinha um hematoma. Ele tinha alguns hematomas no rosto, o mesmo disse que era por conta da briga dele com Alex.
-Você vai dá pra trás agora? –Indagou.
-Não. -Digo sem ânimo.
Ele me soltou e ficou alguns centímetros longe de mim, afastando o seu calor de perto de mim.
-Olha, se você não quer fazer isso. OK. Continua com a sua vida, só.. não me iluda de novo. –Disse com uma voz estranha.
-Não, Guilherme. –Digo e o puxo pela camisa. –Eu... amo você, e abriria mão de tudo só pra ouvir sua respiração calma todas as manhãs quando eu acordar.
Ele abre um sorriso de lado, aquele mesmo sorriso que me deixa hipnotizada. Sorrio de volta e o puxo para mais perto, colando nossos lábios, mesmo com alguns grunhidos de dor por conta do hematoma do seu lábio.
-Eu te amo, minha demônia. –Sussurrou.
Uma de suas mãos escorria pela minha cintura e descia até a minha bunda, apertando-a com força. Arfei.
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OPERAÇÃO NO MORRO
RomantizmEva? Uma mulher forte, determinada e orgulhosa. Está na luta para banir o tráfico no complexo do alemão. Não gosta de bandidos e fará de tudo para deter cada um deles. Guilherme? Um homem guerreiro, gerente do tráfico do complexo do alemão, braço d...