OPERAÇÃO NO MORRO

Capítulo 28

Não esqueçam a estrelinhas. <3

Eloá narrando:

Não sabia como reagir com o alerta que o desgraçado do Rafael havia passado para mim. Eu sabia que estava correndo risco de vida, porém, aqui na favela, em meio a esses traficantes, ou melhor, perto do Alex. Mas que a minha vida poderia estar em perigo porque outra pessoa queria me fazer mal, ai é outros quinhentos. Eu imaginei várias pessoas, mas não encontrei motivo ideal para tal.

Não que eu seja uma santa, estou longe de ser isso, só que nunca fiz mal a ninguém a chegar esse ponto de querer vê a minha morte.

Sento-me na cadeira novamente e respiro fundo, mordo os lábios e apoio a cabeça em minhas mãos. Está cada dia mais difícil essa missão e ter que aturar tudo isso.

-Quem era o homem que ligou pra tu? –Indagou Diego.

Estava tão aflita que até esqueci a presença de Diego. Tiro a mão do rosto e encaro seu semblante sonolento, ele havia acabado de acordar e quando me viu aqui na cozinha devorando o mamão, resolveu ficar e encher mais o meu saco.

-Não é dá sua conta Diego. –Digo toda grosseira.

-Quem é Eva? –Perguntou curioso.

Ele aproximou seu corpo perto do meu e ficou olhando firme para os meus olhos. Revirei os olhos e bocejei.

-Não sei, não faço ideia. –Minto descaradamente.

-Você sabe sim, você é a Eva. –Afirmou.

Levanto-me e fico frente a frente com ele.

-E você é o Adão? Ah Diego, há essa hora você quer bancar o detetive pra cima de mim? –Ponho a mão na cintura e arqueio sobrancelhas.

-E tu é cheia de gracinha. É dona Eloá um dia eu vou descobrir mais sobre você, tu vai ver só. –Disse em um tom ameaçador.

Não conto a verdade para o Diego com receio de que ele abra a boca, dá ultima vez ele quase contou sobre mim. Justo quando estava o Alex e o deus grego aqui na casa dele. Ele só saberá sobre mim quando eu finalmente puder sair daqui e depois de todo o meu trabalho estiver feito.

-Cala a boca. –Digo e saio de perto dele.

Diego me dá nos nervos, gosta de se achar e o pior disso tudo é que ele quer bancar o detetive me fazendo perguntas. Tudo quer saber, inadmissível isso. Vai chegar um dia que terei que dá uns cascudos para ele largar de ser besta.

A onde já se viu um pivete daquele querer se achar pra cima de mim.

Subo para o quarto mesmo não querendo, o fedor de álcool do Alex deve ter fedido todo o meu quarto. Devia ter deixado ele na rua mesmo, dormindo do lado de fora igual um cachorro. Ele nem notaria diferença, já que ele é um.

Abro a porta e o encontro do mesmo jeito que eu o deixei, porém ele estava com uma blusa minha no seu rosto, provavelmente inalando o cheiro de amaciante misturado com o meu perfume na blusa.

Faço cara de nojo ao vê-lo estirado na minha cama que com certeza vai ficar fedendo com o seu cheiro. Só de pensar nisso embrulha o meu estômago.

Fecho a porta com cuidado para não acorda-lo. Ainda não estava preparada para encarar a fera e terminar o meu namoro falso com ele. A ligação do Rafael me deixou mais preocupada e sem cabeça para pensar oque devo falar para o Alex.