OPERAÇÃO NO MORRO

Capítulo 45

Eva narrando:

-ABRE ESSA PORTA ALEX. –Gritava Luana, novamente.

-Faz essa mulher cala a boca, Alex. Estou cansada dessa pilantra, desgraçada ficar latindo. –Digo sentindo a ira me tomar.

Ele permaneceu calado.

-Olha para mim... –Digo, e seguro sua mandíbula. –Não me ama mais?

-Tu sabe que sim. –Disse me puxando pela cintura.

-Então por que não faz oque estou pedindo?

-Porque se eu fizer eu vou matar a vadia da Luana e eu ainda estou pensando no que fazer com ela. –Disse desviando o olhar.

Afasto-me dele e cruzo os braços.

-Entendi. Dá para perceber o quanto a vadia te dominou. –Digo e abro um sorriso sarcástico.

-Não é isso, porra. Foi ela que me ajudou a sair daquela cadeia. A cadeia que você me colocou –Confessou.

Não podia esperar menos da Luana, sabia que ela estava por trás disso. Cada vez mais me impressiono com a sua audácia e falta de honestidade.

Apoio-me na cômoda e fico de costas para Alex, olho para janela a minha frente tentando ver a movimentação do lado de fora. Estava preocupado com o deus grego e Cat. Não podia ficar com pensamentos ruins, mas dentro de mim algo me perturbava.

Alex se posicionou atrás de mim, suas mãos apertavam minha cintura e aproximava meu corpo do seu. Ele começou a fazer trilhas de beijo em meu pescoço, dando leves mordidas até chegar ao lóbulo da minha orelha.

-Não fica com raiva. –Sussurrou.

-Não tenho esse direito. Não depois de tudo que fiz... –Digo com a voz baixa.

-Oque passou, passou. O importante é que tu se arrependeu, não é?

Aceno com a cabeça e sinto seu membro ficar rígido. Viro-me para ele e o beijo. Mordo com leveza seus lábios e desço com a minha mão até o seu membro, dando pequenas palpadas.

-Eloá... não faz isso... –Advertiu, segurando o meu rosto.

Beijei seu queixo e passei a língua entre os seus lábios, deixando-o mais instigado do que já estava.

-ALEX. –A voz de Amanda atrás da porta desviou sua atenção.

-É melhor ir. –Digo dando uma batidinha em seu peito.

Ele fechou o semblante e suspirou fundo, antes de atender sua irmã, ele me deu um beijo. Em seguida, caminhou até a porta e com facilidade abriu a mesma. Amanda quase caiu para dentro do quarto, mas logo se endireitou e me encarou furiosa.

-Preciso falar com tu, sozinho. –Disse me fuzilando com o olhar, ela segurava uma pistola na mão.

Alex me olhou e eu acenei com a cabeça, ele saiu e fechou a porta.

Ouvi o barulho da tranca e eu fechei os olhos, suspirei fundo e caminhei até a porta. Pus a mão na maçaneta e a mesma estava fechada, assim como imaginei. Olhei ao redor do quarto e comecei a procurar por alguma coisa que me ajudasse futuramente, mas nada.

Depois de tanta frustração, sentei-me na cama e fiquei lá esperando ansiosamente pela volta de Alex. Amanda e Luana com certeza estão envenenando o contra mim, e é bem possível que consiga, mas é só Alex me ver que toda a sua razão se esvaia. Eu tive certeza disso hoje. Ele é louco por mim e eu preciso usar essa loucura para me ajudar.