Capítulo 43

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Eva narrando:

-Ora, ora, olha só quem resolver dá as caras. –Comentou Luana, a vadia estava lá me esperando, assim como Guilherme havia me avisado.

Sinto a minha ira contornar o meu medo e por impulso avanço para cima dela, mas sou impedida por Guilherme, que me puxou pelo braço no mesmo instante.

Ele me olhou feio, e eu voltei a me comportar, mesmo com a respiração pesada e com o punho cerrado. A minha vontade era de esquarteja-la e tirar o seu coração fora, isso se ela tivesse um. 

A sala era pequena, mas cabiam várias pessoas, Luana e Amanda estavam me olhando com ódio, DR não estava diferente, tinha também outros dois rapazes, aparentava ser jovens, daria vinte anos para cada um, ou menos.

Engoli em seco e soltei o ar que segurava.

-Esse tempo todo tu estava com essa vadia, Guilherme. –Afirmou Amanda, furiosa. –Por quê? –Questionou.

-Eu disse que iria me vingar. –Respondeu o deus grego, com a voz neutra.

Olhei pela sala e a vislumbrei, a pintura da parede era velha, tinha uma cor sombria, nada naquele lugar parecia amigável.

-Tu disse que iria mata-la, mas vejo que não o fez, mas fica tranquilo brô, eu mesmo faço isso. –Retrucou DR, esfregando as mãos uma na outra.

Encarei DR de queixo erguido, ele era um gordo nojento e terrivelmente feio. Alex não estava na sala e também não havia nenhum sinal de Cat, logo me desesperei.

-Cadê a minha amiga? –Perguntei, encarando o rosto de cada um ali. –Me fala seus putos desgraçados. –Gritei, sentindo um nó se forma na garganta.

Eles ficaram em silêncio, mas com um sorrisinho de deboche no rosto.

-CAT. -Gritei, minha voz ecoou pela casa.

-Cadê a minha amiga? Ah, cadê ela? Hum? Ham? –Luana me imitava com uma voz ridiculamente infantil.

Ela se aproximou de mim e seguro a minha mandíbula com força, suas unhas de bruxa cravaram na minha pele.

-Vadia, eu vou te matar, sua vagabunda. –Ameacei, e cuspi em seu rosto. Ela se afastou de mim e limpou o rosto, furiosa.

-Eu vou matar você primeiro. –Ela tirou a arma da cintura e apontou para mim.

Congelei.

Seu dedo indicador estava no gatilho pronto para atirar.

O deus grego me puxou para o seu lado e se pôs na minha frente e com rapidez retirou sua arma de trás da blusa, apontando para a vadia da Luana.

-ABAIXA A PORRA DESSA ARMA. –Exigiu Alex, ele apareceu com Cat ao seu lado. Seu olhar cruzou com o meu e em seguida foi descendo para o meu corpo, me analisando.

-Olha só, protegendo a sua ''inimiga''. –Retrucou Luana, ainda com a arma erguida. Ela abriu um sorriso irônico.

-Abaixa a arma Luana e Guilherme. –Ordenou Alex.

Ela acatou as ordens dele como se fosse uma cachorra, oque na verdade era. Guilherme demorou a abaixar, mas em seguida, assim fez.

Olhei para Cat e vi as lágrimas rolarem em seu rosto machucado, sua roupa estava toda suja e rasgada, ela se abraçava e me olhava como se quisesse me contar algo ou me pedir desculpas.

Engoli em seco e me culpei por ter colocado a minha amiga em risco.

-Cat... –Chamei e me soltei da mão de Guilherme. Andei em passos largos até ela e abracei toda desengonçada, mas fiz o melhor que podia. –Me perdoe, por favor. –Sussurro.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora