Capítulo 62

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Eva narrando

-Chega Alex. –Pedi pela terceira vez enquanto ele ainda me penetrava.

-Não... –Sussurrava, enquanto beijava o meu pescoço.

Droga.

Tentei me levantar de cima da mesa, mas era impossível competir com o peso dele sobre mim. Pausei seus beijos grudentos do meu pescoço, selando os nossos lábios com um beijo menos selvagem. Meu lábio inferior estava doendo de tanto que ele havia mordido e chupado!

E felizmente, algum enviado de Deus bateu na porta, despertando o interesse de Alex.

-O QUE FOI? –Gritou olhando para a porta.

Aproveitei o seu momento de distração e sai de cima da mesa, peguei minhas roupas do chão e me vesti o mais rápido possível. Alex demorou a fazer o mesmo, porém com a cara emburrada se vestiu.

-SOU EU, O TITO. –Respondeu.

Revirei os olhos e ajeitei meu sutiã. Esse está mais para enviado do capeta, mas de qualquer forma me ajudou. Não gostei desse homem no momento que bati o olho nele, uma coisa estranha percorre o meu corpo quando olho para aqueles olhos sombrios.

-O que tu quer caralho? –Indagou abrindo a porta.

Fiz um coque no cabelo meio desajeitado mesmo e fiquei encostada com a barriga perto da mesa, tentando ajeitar os papeis.

Não mantive contato visual com o Tito, mas notei a sua presença dentro da sala. Tudo ficou em silêncio. Meu olhar se manteve fixo nos papéis que me chamou atenção. Era a contabilidade do mês e o valor era grande demais para um mês só. PUTA QUE PARIU.

-Isso não é coisa pra tu ficar de olho, caralho. –A voz grossa do Tito me despertou; me causando um arrepio por todo o corpo.

Ele tomou o papel de cima da mesa e me encarou, soltando fumaças pelo nariz. Qual é o problema dessa peste?

-Tá armando pra nós de novo, não é? –Gritou soltando o seu bafo de cerveja no meu rosto.

Afastei-me dele dando dois passos para trás.

-Para de falar merda, caralho. –Alex o puxou pelo ombro. Ele se virou bruscamente e segurou a pistola com força na mão esquerda.

-Vai acreditar de novo nela, Alex? Depois que ela te fez. Qual é o teu problema? A boceta dela é tão boa assim que tu não consegue matar essa vadia?

-Cala a porra da sua boca, seu otário. –Gritei sentindo uma fúria crescer dentro mim.

Quem esse demônio de quinta categoria acha que está falando?

Ele me olhou de cima a baixo, e pairou seu olhar no meu, esbanjando ódio. Sorri irônica.

Caminhei até o Alex, toda abusada e me posicionei ao seu lado, abri o meu melhor sorriso. Alex me olhou com as sobrancelhas arqueadas e com o punho cerrado.

-Tu dobra a tua língua pra falar dela, Tito. Senão...

-Senão, o quê? –Olhei para onde a voz vinha, e era o filho da puta do Danilo.

Pronto. Agora a dupla do capeta estava formada. Porém, havia um lado bom nisso; Alex estava me protegendo das ofensas ridículas do Tito e do seu irmão, não tanto como antes, só que já era um começo.

-Deixa isso pra lá, Alex. Não vale a pena. –Sussurro segurando o seu braço.

Ele me olhou de cara feia. O que eu fiz?

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora