Capítulo 27

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BÔNUS  

 Rafael narrando

-Eva está me enlouquecendo, ela sequer me dá noticias de vida. Não responde minhas mensagens e nem liga para mim. –Disse Heitor, ele bebia sua terceira dose de uísque.

Estávamos num bar próximo do apartamento de Eva, resolvi sair com ele para saber se o mesmo tinha alguma noticia da peste da Eva, mas nada. Só estou perdendo tempo com esse bêbado. Se tiver cara mais chifrudo e corno que Heitor, eu desconheço. É óbvio que Eva deve estar com outro, ou melhor, com um daqueles bandidos do Alemão. Só de pensar nisso faz meu sangue ferver. Não estou apaixonado e nem gosto dela, mas não gosto de pensar nela com outros homens.

-Eu já liguei mil vezes para ela e até agora nada de noticias. –Ele diz se debruçando na cadeira. –Tô pensando em subir aquele maldito morro e tira-la de lá pelos cabelos. –Diz batendo de mão fechada na mesa e causando um barulho por todo o bar.

Aceno com a cabeça e bebo um gole da minha bebida.

-Relaxa cara, uma hora ela terá que te responder. –Digo bocejando.

Passei a madrugada bebendo com Heitor e ouvindo suas tagarelices, mas isso ao menos, me ajudou há conhecer um pouco mais sobre Eva. Desde a ultima vez que ela foi até o apartamento, Catarina não fala nada sobre dela para mim, com certeza ela proibiu Catarina de abrir a boca e me contar tudo sobre ela. Isso me fez a chegar a discutir com Catarina. Se estou com ela é pra descobrir sobre a Eva e não para ficar de mimimi.

-Eu vou tentar ligar de novo. –Ele diz cuspindo as palavras.

O cara estava bêbado pra caralho, e isso me fazia rir. O jeito que ele rastejava para ter a atenção daquela mal criada era cômico.

Pego seu celular com a maior facilidade do mundo, era como tirar o doce de uma criança.

-Deixa que eu ligo. –Digo e ele franze a testa. –Eu vou te ajudar amigão. –Explico e ele acena com a cabeça com um sorriso no rosto.

Peço a garçonete mais uma dose para ele e prontamente ela trás, sem hesitar, ele bebe como se estivesse bebendo água. Levanto-me e finjo ir ao banheiro, ainda com o celular de Heitor em mãos. Fico parado no corredor perto do banheiro, e sem prolongar muito, ligo para Eva.

De primeiro ela não atende, e quase desisto de telefonar para ela, mas surpreendentemente, ela atende.

-Oque foi Heitor? Por que está me ligando? –Diz com a voz mal-humorada. Sorrio por ouvir sua voz doce. –Vai responder ou não merda? –Disse alterando a voz.

-Calma doçura. –Digo e ela fica muda no outro da linha. –Não reconhece mais a minha voz, Eloázinha? –Irrito-a e escuto sua respiração.

-Sério que você não se cansa, Rafael? –Indagou me arrancando uma gargalhada.

-Nunquinha, doçura. Gosto de ouvir sua voz, principalmente, quando está irritada. –Digo e logo me arrependo de dizer tais coisas.

Apoio à cabeça na parede e espero ansiosa pela sua resposta.

-Idiota, imbecil, filho da puta, desgraçado. Ai você me ânsia de vômito. –Gritou furiosa.

-Eu te excito isso sim, admite Evinha. –Mordo os lábios imaginando Eva nua na minha cama.

-Não mesmo, aliás, cadê Heitor? Por que está com o celular dele? Oque você fez com ele seu maníaco ridículo? –Perguntou de uma vez só.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora