Capítulo 9

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Guilherme narrando

Abro a porta e ponho a cabeça para fora. Eloá estava atrás da porta e eu sentia sua preocupação no ar.

-Oque foi Amanda?

-Que demora é essa pra me responder? Tá fazendo oque ai?

-Nada porra, estava só... –balbucio

-Você estava usando droga Guilherme?

Eu não sou de usar droga, nunca fui disso. Pra falar a verdade sou o cara do movimento que não utiliza entorpecente, é raro eu enrolar um baseado. Eu só queria ficar numa boa com a peste da Eloá que me tira do sério e me faz ficar excitado com apenas um beijo. -Responde Gui. –Indagou Amanda.

-Pois é eu estava... –Minto e vejo sua expressão ficar mais relaxada.

-Então, já que você está ai... Que tal eu entrar e a gente fazer algumas coisinhas... –Ela diz tocando em meu peito e se aproximando.

Seguro em sua mão e saio de dentro do banheiro fechando a porta. Ela me olha desconfiada e depois me agarra tentando me beijar. Amanda sempre foi louca por mim e agora está cada dia mais possessiva.

-Depois a gente se desenrola beleza? Agora vamos descer. –Digo e ela cruza o braço ainda imóvel.

-Eu vou usar o banheiro, tô apertada. –Ela diz pondo a mão na maçaneta.

Puxo-a para perto de mim e para que ela não descobrisse da minha demonia ou desconfiasse da minha atitude, beijei-a e consegui distrai-la. Beijar Amanda antes para mim era normal, só que depois que conheci a demonia da Eloá eu não consigo transar e tocar na Amanda, ou qualquer outra garota. Eloá só pode ter feito pacto ou feito uma macumba braba para mim, mas ela me paga.

-Uau... Que delicia de beijo. –Ela disse e eu apenas consinto.

-Agora vamos lá pra baixo... Ou vai me deixar descer sozinho? –Indaguei fazendo uma carinha triste.

-É claro que descerei com você, meu amor. –Esforço um sorriso agradável e a puxo pela mão escada a baixo.

Chegamos ao quintal e havia mais gente do que antes, já não dava para andar direito com tantas pessoas. Geral me cumprimentou e eu devolvi os cumprimentos, reconheci alguns amigos de outros morros, como o pessoal do morro do macaco e o pessoal do morro da penha, nossos vizinhos, todos eles fecham com nós.

Amanda correu para os braços da Beatriz que estava ao lado de Alex, as duas se abraçava e alguns homens ficavam de olhos nelas, tudo com cara de safado. Dou de ombros e olho para a porta para encontrar com a minha demonia, até agora ela não desceu. Gostaria de estar ao lado dela, beijando aquela boca gostosa. Respiro fundo e sou chamado por Alex.

-Tu perdeu dois gols mano. –Ele diz todo empolgado. No seu colo estava seu filho, Pietro, que brincava com os cordões do Alex.

-É mesmo... –Digo passando as mãos nos cabelos do Pietro. Ele tinha três anos, é um pouco parecido com Alex e é uma criança adorável.

-Dá oi para o seu padrinho, Pietro. –Ordenou Beatriz.

Cumprimento ela com um beijo no rosto e a mesma retribui com sorriso bobo no rosto. Ela é uma mulher bonita e bastante atraente, mas nunca foi o meu tipo e sim do Alex, é por isso que os dois vivem nesse vai e vem. Ela é a ''marmita'' dele, quando ele está a fim de pegar ela sempre a chama para sua casa, e a mesma se considera a fiel do Alex.

-Oi titio. –Disse Pietro. Sorrio para ele e o mesmo pula para o meu colo.

Brinco com ele por alguns minutos até rever a minha demonia perto da porta olhando para os lados, ela parecia estar nervosa e preocupada. Tento chamar a sua atenção com olhar, mas é difícil. Ela está pálida e estranha.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora