Capítulo 9

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Quando chegamos na mansão dos McVay, fui direto para o meu quarto, completamente envergonhada com o que havia acontecido. Eu beijei Matthew, e ele me beijou de volta. Aquela sensação era confusa e intensa, mas ao mesmo tempo sincera e carinhosa.

Não poderia acontecer novamente... poderia?

Ouvi a porta do quarto se fechando, deduzi que era Matt. Fui para a cozinha, com fome de leão. Preparei um macarrão com carne e, depois de comer, decidi ir para a piscina.

***

O vento fresco deixava minha pele molhada refrescante, enquanto o sol me aquecia o suficiente para não tremer de frio. A piscina estava deliciosa. Imagino como Savannah adoraria estar aqui, correndo e saltando, aproveitando cada momento. Eu gostaria de poder proporcionar uma vida melhor para ela, mas fazia o possível para torná-la feliz com o pouco que tinha.

Sinto muito por minha mãe, por não ter condições de fazer de Savannah uma princesa. Mas o que eu realmente queria era vê-la feliz.

Judith apareceu com toalhas e, sorrindo, comentou:

— Não sei o que aconteceu, mas o senhor McVay está tremendamente feliz. Acredita que ele me trouxe as toalhas para lavar, em vez de jogá-las no chão do corredor?

O que? Ele joga as toalhas no chão do corredor? Bem, parece que a resposta para essa pergunta é óbvia. Matthew.

Sai da piscina e vesti um roupão. Judith tentou me impedir, mas eu estava decidida a enfrentar Matt. Subi as escadas com pressa, tomando cuidado para não escorregar. Bati na porta do quarto dele com força e ouvi um 'vá embora'.

Mas logo consegui abrir a porta. Matthew estava sentado na varanda, lendo um livro.

— O que você tem em mente? — perguntei, derrubando o livro de sua mão.

— Na verdade, eu queria ler, mas parece que isso é impossível nessa casa — respondeu ele, sem se importar com o que eu havia feito.

— Não acredito que você joga as toalhas no chão para que Dona Judith, uma senhora, uma senhora Matthew, tenha que pegá-las para lavar — disse, enquanto ele se levantava da cadeira e começava a andar pelo quarto.

— E... — ele riu, — não acredito que você entrou no meu quarto só de roupão.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora