Capítulo 48

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Eu não havia me acostumado com o elevador. Era como se, a qualquer momento, ele pudesse parar e me deixar trancada lá dentro, o que não seria nada legal. A noite passada foi tranquila; eu dormi na cama de Matthew sem ele. Pensei que ele poderia chegar no meio da noite. Tive dificuldades para ligar o chuveiro, nunca tinha visto tantos botões. A toalha sobre a cama era imensa, do tamanho de duas de mim.

- Bom dia, mãe! - dei-lhe um beijo, enquanto Savannah continuava comendo seu biscoito.

- Então, mãe, o que achou da proposta? - pergunto sorrindo, e sua expressão muda.

- Filha, sei que Matt está preocupado com Savannah, mas isso seria muito para nós.

- Será melhor por causa do tratamento - completo.

- Mamãe está chata hoje - Savannah resmunga.

Frida a olha com uma expressão irritada, enquanto Savannah continua molhando seu biscoito no café e comendo. Típico lanche da casa.

- Aconteceu alguma coisa enquanto estive fora? - pergunto.

- Não.

- Mamãe brigou com o cara que traz leite.

- O quê? - Não entendi nada do que falaram, apesar de Savannah estar entregando Frida. Ela parece não estar muito contente.

- Mãe? - pergunto, mas ela não fala nada. Decido esquecer; deve ser algo banal.

As horas passam rápido. Durante a manhã, me encontro com Gabriella e logo depois vamos assinar alguns papéis para realizar alguns procedimentos na empresa.

Todos os funcionários fixaram o olhar em nós quando chegamos à empresa; era engraçado ser o centro das atenções. Por um momento, até pensei se havia algo errado comigo.

Gabriella avança pelo corredor, e juro que posso ouvir risadas enquanto caminho pelo mesmo. Será que os funcionários eram assim também quando Matthew estava presente?

Ao anoitecer, fico no apartamento de Matt. Logo voltaria para casa, mas é como se eu me sentisse protegida. Confortável. Lógico que estou sozinha, mas é inevitável sentir sua presença.

Uma semana depois...

- Gostaria de uma pizza grande de mussarela - liguei para o atendimento 24 horas de entregas. Era a melhor pizza que eu já havia experimentado, sem dúvidas. Tomei um banho relaxante, que aliviou meu estresse. Coloquei uma camisa social de Matthew, me sentindo como se fosse dele.

A pizza já estava em cima da mesa. Peguei os talheres e me aninhei no sofá. Uma sessão de filmes era o melhor remédio para a saudade. Comecei com "Sr. e Sra. Smith". Clássico. Quando estava no terceiro filme, escutei um barulho estranho vindo da porta, que ficava no mesmo cômodo em que eu estava.

O barulho se prolongou, então, sem saber o que fazer, peguei uma frigideira e fiquei escondida atrás da bancada. Se fosse um bandido, ele teria o que merecia.

Então a porta se abriu. Joguei a frigideira sem olhar e me escondi novamente atrás da bancada. Escutei um barulho se espatifando no chão e logo um gemido que eu já conhecia.

- MAAAAAAAATT! - corri e pulei em seus braços. Ele queixou-se de dor, mas logo parou. Seus olhos escuros, sua pele tatuada, tudo estava perfeitamente bem. Suas mãos me mantinham em seu colo, enquanto apertavam meus quadris.

- Emma - sussurrou.

Seus lábios estavam secos. No momento em que eu o analisava, ele passou a língua para umedecê-los. Só que, em questão de segundos, minha boca já estava colada na dele, devorando-o. Antes que eu pudesse dizer algo, ele chutou a porta com o pé e a trancou. Carregou-me no colo até o sofá, tão macio e confortável. Delicadamente, ele colocou um joelho no sofá e, como se eu fosse um diamante caríssimo, posicionou-me cuidadosamente nele. Suas mãos agora percorriam meu corpo, como se fossem sua necessidade — e eram.

- Como desejei isso - ele fala, apontando para mim.

Sem esperar muito, meus dedos atrapalhadamente puxaram sua camiseta, expondo seu lindo peitoral. Com sua ajuda, ele puxou a camiseta por cima da cabeça, ficando com o peito nu.

- Uma bela vista para ser apreciada. Não veria problema em passar horas lhe olhando.

Ele ri.

Parecia um conto de fadas, no qual, quando eu acordasse, saberia que nada passava de um sonho. Me belisquei.

- Para que isso? - pergunta, cheirando meu pescoço. - Por que você está usando uma camiseta minha? - seu olhar é sarcástico e ele começa a rir.

- Eu estava sentindo sua falta. Aliás, era você quem disse que voltaria logo - provoquei. Ele agarra meus quadris fortemente, puxando-me para encostar em seu corpo. Gemi.

- Como prometido, estou aqui - ele desabotoa os botões da minha camisa social, expondo meu peito, que já estava inchado apenas com sua presença.

- Então, o que você andou fazendo nesses dias? - perguntei. Mas ele não respondeu, então não perguntei novamente. O que ele deveria estar fazendo? Eu deveria ficar preocupada? Espero que não. Porque, com total certeza, ele não me contaria tão cedo sobre isso.

Suas mãos habilidosas e pesadas apertaram meus seios com força, deixando-me ofegante e arqueando as costas. No mesmo momento, gemi de frustração quando suas mãos se afastaram por alguns segundos para irem até minha calça.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora