Querida Babá

Capítulo 60

Suas mãos fortes apertam minha cintura de um jeito dominador. Seus lábios mordem o lóbulo da minha orelha e logo vão até meu pescoço. Depois, ele se senta no sofá e eu me movimento em cima dele, com as mãos apoiadas em seus ombros. Seu rosto, tão perfeito, mostra o quanto está gostando. Seus lábios estão vermelhos de tanto que os morde. Para frente e para trás, levo-o aos céus, pelo menos é o que parece. Suas mãos agarram meus seios. Movimentando-me mais rápido.

- Você está muito sensual - ele fala, enquanto tiro meus cabelos do rosto.

Mordo seu pescoço e ele reclama. Suas mãos agarram minha cintura, ajudando-me a movimentar.

- Emma, sabe o quanto me aliviei pensando em você? Inúmeras vezes - ele diz, deixando-me mais à vontade.

Logo ele me pega em seu colo e caminha até a cama. Ele me joga e deita por cima de mim, apressadamente já está se movimentando novamente. Arqueio minhas costas várias vezes.

- Emma, geme para mim? - ele pede, então eu faço. Ele agarra meus cabelos, que estavam atrapalhando nosso beijo.

Eu sentia falta disso, sentia falta do seu toque, do seu cheiro, do seu humor bipolar. Eu sentia falta dele. Matthew. Era o homem que eu nunca conseguiria achar igual. Ele tinha seu jeito marcante, amável e detestável. Isso fazia dele atraente e sedutor. E eu mal podia acreditar que estava novamente em sua cama.

- Matt, por favor, não me deixe - essas palavras escapam e ele me olha, parando.

- Emma, eu nunca te deixei, sempre estive por perto - ele diz, afagando meu cabelo.

- Continua, Matt, não para. - imploro.

- Emma, só vou continuar se você disser que quer voltar comigo.

Voltar?

Voltar?

O que eu falo?

Merda.

Pensar em outra mulher na sua vida era doloroso. Mas eu sabia o quanto teria que ser paciente; não era fácil conviver com Matt. Não mesmo.

- Matt, eu te amo - digo, me mexendo embaixo dele.

- Emma... - ele volta a se movimentar.

- Te dou uma segunda chance, mas não faça com que eu me arrependa.

Ele não fala mais nada, apenas volta a se movimentar. Eu estava extasiada, era ardente e sensual, qualquer posição que fazíamos...

Ele estava de pé, comigo em seu colo, movimentando-se, seus braços tatuados me suspendendo no ar para facilitar.

- Emma... - falou meu nome ao gozar.

***

- Matt, o que você foi fazer lá? - perguntei, olhando para seu corpo nu.

- Emma, eu precisava ajudar o senhor Willians a pegar umas pessoas.

- Então tudo acabou? - pergunto.

- No momento, sim... mas - ele senta na cama, ficando de costas para mim. - Fizemos algo contra a lei. Se descobrirem...

- Matt, o que aconteceu? - pergunto, querendo saber a verdade.

- Não posso dizer...

- Se você quiser namorar comigo novamente, tem que ser sincero - digo, caminhando até ele.

- Fácil para você, que nunca fez nada de errado.

- Eu aguento.

Eu não sabia se aguentaria o que havia feito. Ele não me dava pistas, sempre tentava esconder as coisas. Talvez fosse por isso que Katherine não confiasse muito nele. Gabe havia dito que ele era manipulador.

- Aguenta? Tem certeza? - ele altera a voz, sua expressão é de raiva.

- Aguento.

- Nós matamos os caras, pronto, falei.

O quê? Eu estava me envolvendo com um psicopata assassino?

- Você? - olho assustada.

- Mas que droga, eu não sou assim - ele joga o controle na parede.

- Matt, você... nossa.

Inexplicável.

- Mas se não fizéssemos isso, seríamos nós agora naquele lago jogados.

- Sinceramente, não esperava isso de você.

Caminho para a cozinha, chorando. Ele conseguia acabar com o bom momento; ele destruía o bom humor. Ele era o tipo de bad boy tatuado que tinha raiva do "mundo". Isso seria o tipo de relacionamento abusivo; ele tinha uma lista de inúmeros segredos que não gostava de compartilhar. Com o decorrer de todo o tempo que passamos juntos, desde o início, consigo ver que a vida dele é um buraco psicológico imenso.

Percebo o quanto ele sente falta de carinho, mas nega. Ele se distancia das pessoas porque sabe o quanto consegue destruir com elas. Não tem muitos amigos porque é o tipo que guarda rancor e se vinga. Ele dizia que queria me ver independente, mas não gostava de termos distância. Matthew precisava de alguém, precisava de companhia.

Se eu estivesse disposta a ficar ao seu lado, teria que aguentar tudo.