Capítulo 29

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— Está bem, amor — digo com um sorriso maligno, decidida a bancar a doida.

— Amor? — Ele repete, gostando do modo como eu falei. Ele se aproxima mais de mim, seus braços fortes agarram minha bunda e me puxam para seu colo. Não quis interromper; na verdade, até gostei. Coloco meus braços ao redor de seus ombros largos, enquanto ele me prensa contra a parede. Seus lábios começam a mordiscar meu pescoço, e logo começo a gostar do estilo Hunter.

— Você é linda — suas palavras me atingem, e esse desconhecido que agora é meu namorado me conquistou de um jeito estranho.

— Já me falaram isso — provoquei. Então ele me arrebata contra a parede, e acabo gemendo de dor. Seu sorriso aparece como se tivesse gostado de me ouvir grunhir.

— Não brinque com fogo, prima — seus lábios agora se encostam nos meus, sem realmente me beijar.

— O que é brincar com fogo, quando se é o incêndio inteiro? — continuo provocando, aquela regata branca estava me deixando dopada.

— Meu... é mesmo você, Emm... Hayle — ele me olha, mas então eu fico séria de repente.

— Preciso tomar banho, saia daqui — digo, saindo de seu colo, mas sua expressão fica confusa. Então parece que o jogo virou, não é mesmo?

— Eu tenho que ficar com você para cuidar de você; caso aconteça algo, não ficarei nada contente — ele tenta se explicar, tentando justificar sua presença no banheiro.

— Então fique ao lado de fora do banheiro — literalmente empurro-o para fora, sentindo alívio por não ter caído em sua lábia.

Depois de tomar banho, procuro meu celular, mas não o encontro. Tento ir atrás de Matt, mas não o encontro. Decido então subir as escadas para o quarto. A casa era grande, com uns cinco quartos no segundo andar, e o banheiro também estava nesse andar, no final do corredor. Embaixo, havia uma sala imensa, uma cozinha e um depósito de comida.

Enquanto andava pelo corredor, sinto a presença de alguém e me viro para ver a loira. Ela vinha em passos largos, com um boné verde na cabeça.

— Então, quer fazer alguma coisa? — Brianna pergunta com um sorriso enorme. Quero sim, quebrar sua cara...

— Acho que vou descansar já que Hunter não está por aí! — minto.

— Quer ver TV? Está passando um filme legal, "Sr. e Sra. Smith"... e...

— Eu adoro esse filme!

Não consigo me controlar e acabo sorrindo de felicidade. Aquela inspiração me fascinava, então decido ir com ela até a sala para assistir ao filme.

— Pode sentar que vou fazer pipoca — disse, enquanto o filme já havia começado.

Logo que ela trouxe a pipoca, parecia gostar do filme, mas logo me arrependo quando vejo os outros entrando na sala.

— Vocês querem ver com a gente? — a loira pergunta, e olho para Matt, que aparenta estar chateado. Eles concordam, e quando Matt vai se sentar ao meu lado...

— Senta aqui — ela fala, batendo a mão ao seu lado. Para que ele não fique perto de mim, ele vai sem hesitar. — Sua prima não vai se importar, vai? — nojenta.

— Claro que não — sorrio para que Matt veja o quanto estou me esforçando.

— Então Hunter não vai se importar se eu sentar ao seu lado — bingo. Greg pula de trás do sofá e se aconchega ao meu lado. Matt se levanta, mas Brianna o impede. Olho para ela, olho por olho, dente por dente.

Minha mãe não iria gostar nada disso se soubesse, e aposto que nem a mãe dele sabia. Penso em Savannah correndo em volta da piscina naquele imenso pasto verde.

— Você não me escutou? — Greg pergunta. Então volto dos meus pensamentos.

— Hã? — faço uma careta, como se não tivesse entendido.

— Você vai mesmo dormir no mesmo quarto que Hunter? — ele parece desconfiado.

— Vou sim, me sinto segura perto do meu primo.

Idiota. O que eu disse? Algo do tipo... não me sinto segura aqui... dane-se também.

— Então não vou poder dormir com você? — Brianna pergunta para Matt com um beiço feio.

— Claro que não; ele tem namorada e ela não iria gostar disso — me altero, mas não me arrependo. Talvez a loira tenha entendido o recado. Matt me olha com uma expressão feia, mas não me importo nem um pouco.

— Acho que vou descansar.

— De novo? — Greg pergunta.

— Estou cansada da viagem — meus passos são largos; estou com pressa de chegar ao quarto.

Bati a porta com tanta força que nem me importei se a casa não era minha; eu não era paga para isso. Não mesmo. Faria as malas e iria embora o mais rápido possível. Se eu soubesse que seria assim, eu não teria vindo!

A porta foi aberta com tanta força quanto antes, e Matt apareceu com uma cara brava. Não me senti amedrontada como antes; eu só queria ir embora e esquecer esse péssimo dia. Logo eu estaria em casa, pedindo para que levassem Savannah e mamãe.

— Você não vai...

— Embora? — completei sua frase, e ele parecia atônito.

— Se isso te faz mais feliz, eu contei somente para Brianna que você é minha namorada — seus lábios tremiam enquanto eu ficava feliz e irritada.

— Agora? Depois de ela ter pulado em seu colo e literalmente falado que havia ido para a cama com você?

— O quê? Não, ela se oferece, mas eu nunca quis... — fiquei aliviada, mas ainda assim estava irritada.

— O que eu posso fazer para você ficar? — ele pergunta, trancando a porta atrás de si, e sinto meu coração acelerar. Ele conseguia, sempre conseguia; aquele corpo me deixava dopada.

— Matt... você. — tento achar alguma desculpa para não fazer nada que acabaria em sexo. Mas era realmente isso que, no fundo, desejava: sentir-se completamente dele. Fiquei olhando enquanto ele puxava a regata, mostrando seu peito nu. Deixei a mala cair, e ele se aproximou. Naquele momento, ele irradiava desejo.

Ele se curvou para frente, enquanto eu tentava me manter sã. Aquele cheiro divino invadiu minhas narinas, me deixando excitada. Seus lábios tocaram meu pescoço; ele inspirava profundamente para sentir meu cheiro. Começou a nos guiar até a cama, e eu não protestei nem pensei em parar.

— Toque-me — ele abriu os lábios e disse em meio aos beijos.

Um gemido ardente escapou de minha boca; acabei me curvando quando sua mão retirou meu sutiã. Matt se inclinou mais sobre mim, enquanto estremecia de excitação. Enfiei minha mão entre nossos corpos para desabotoar sua calça, e logo a mesma estava no chão. Matt não teve dificuldade em tirar minha calça, e eu fiquei apenas de calcinha. Seus olhos analisaram meu corpo, me deixando ainda mais excitada, seu sorriso maligno me enlouquecendo. Quando já estávamos nus, Matt retirou sua boxer, mostrando sua ereção enorme, com certeza latejando. Seu sexo era tão grande e magnífico quanto o resto do corpo.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora