Capítulo 46

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Lágrimas começam a cair enquanto inalo seu perfume; seu cheiro de cigarro de menta nunca muda.

- Emma. Emma. - Sua voz falha, e sinto seus lábios úmidos em minha testa. Meus cabelos grudaram em minha testa logo que seus braços me rodearam. Seus lábios, finalmente, completam os meus. De um beijo suave a um beijo mais complexo. Era assim que eu imaginava nosso reencontro. Suas mãos permanecem firmes em volta de mim, me deixando imóvel.

- Como eu desejei isso. Mas temos que ser rápidos.

- Por que não voltou antes? - pergunto, extasiada.

- Emma... eu não voltei... - ele diz, sério. - Eu apenas vim lhe ver.

- O que? Isso não pode ser verdade. Sabe o quanto eu te esperei? Sabe o quanto sofri? Eu te amo, Matt.

- Emma... é complicado. - Seu sorriso diminui enquanto vejo que ele está falando a verdade.

- Então me diga, Matt, o que é complicado?

- Eu só voltarei depois de fazer algumas coisas... - Ele olha friamente para o velho que ainda está sentado no balanço. Novamente, seus lábios tocam os meus, causando ondas de felicidade em mim. Era profundo e doce.

- Que coisas? Matthew, venha comigo para sua casa. - pergunto, sentindo os olhos novamente ficarem úmidos.

- Prometo que vou voltar. Por você, Emma. - Ele sorri. - Preciso que você faça algumas coisas por mim enquanto estiver fora... Eu deixei a empresa sob seu comando. Também pedi para Gabriella lhe entregar um cartão com meus códigos do banco.

- Você falou com ela? - fico confusa.

- Brevemente. Então preciso que compre um lugar para sua mãe e Savannah.

- O que? Não... Matt, não estou entendendo.

- Não entenda, apenas escute e faça. Preciso que elas fiquem em um lugar melhor, por segurança.

Que papo era esse? Segurança? Elas? Empresa? Eu não havia compreendido ele desde o momento em que começou a falar. Abracei-o novamente, aproveitando o momento que tinha.

- Emma, quando eu voltar, não ficarei sequer um segundo longe de você! - Seus dedos vão até o colar que está no meu pescoço, roçando minha pele e me deixando arrepiada.

- Matt, não vá - peço. Ele analisa o colar que me deu no dia em que me pediu em namoro. Sua boca cola na minha mais uma vez e, depois de um tempo, voltamos a respirar.

- Sinto sua falta - ele diz. - Mas tenho que ir. - Seus lábios se despedem, deixando um sentimento avassalador.

- Eu estarei lhe esperando.

Vejo-o caminhar em direção ao velho, que já estava em pé ao lado de um carro preto.

[...]

Depois de vê-lo partir, volto imediatamente para minha casa.

Não consigo dormir, nem comer. Estou extremamente feliz enquanto aguardo a volta do meu amor. Ele voltaria; tinha prometido. Quando estou quase adormecendo, meu celular vibra embaixo do travesseiro.

"Advinha meu jantar?! 😛 Macarronada, queria que você tivesse feito..."

Um sorriso alivia meu rosto. Ele havia me enviado uma mensagem. Eu estava feliz o suficiente para não entristecer.

"Agora? Deveria ter jantado mais cedo. Poderia ter vindo comer aqui, ficaria feliz em preparar uma macarronada."

"Vou pensar na proposta. Quem sabe eu apareça por aí. Gabe irá dar a chave do meu apartamento para você. Acho que você ficaria bem melhor lá."

O que? Então era por isso que ele estava dizendo para comprar algo para minha mãe e Savannah. Será que...? Não. Não pense bobagem. Apartamento de Matthew?

Na manhã seguinte, acordo de bom humor. Ajudo mamãe a arrumar a casa e, logo em seguida, Gabriella aparece. Ela explica o que tenho que fazer e fico atrapalhada apenas ao pensar nisso.

- Gabe, isso é novo para mim. - começo a rir.

- Tudo bem, vamos com calma... Você apenas irá assinar papéis, já que Matthew está em uma viagem de férias.

Matthew havia mentido para sua irmã, mas eu não contaria o que realmente estava acontecendo. Fiz exatamente o que ela disse, já que ele liberou apenas minha assinatura.

Depois disso, fomos para a consultoria de imóveis, e Gabriella havia escolhido uma casa perto do centro para mamãe e Savannah.

- Você parece estressada! Devia relaxar um pouco. - Gabriella fala sorrindo.

- Você sabe que não vou ter dinheiro para pagar o Matt depois, né?

- Isso aí não é nem um por cento do que Matt tem no banco. Acho melhor se acostumar, até porque ele te deixou um carro.

- O que? - pergunto, chocada.

- Deveria se acostumar com os mimos do Matthew, cunhadinha.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora