Capítulo 55

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Matthew

Eu queria muito dar uns tapas na Emmanuela por ser tão teimosa e precipitada. Ela não podia tirar conclusões sobre o que vê na mídia. A mídia é uma porcaria, diz o que quer quando quer.

Tentei o máximo que pude para ela me ouvir, mas, como esperado, ela não me deixou falar nem me explicar. Ela parecia achar que eu a estava traindo, mas não era o caso. O Sr. Willians pediu para eu acompanhar sua nova namorada ao restaurante, para evitar evidências sobre o relacionamento deles. Emma é tão implicante que tirou suas próprias conclusões.

Decidi dar um tempo para ela esfriar a cabeça. Até que Gabe me informou que ela estava indo para a faculdade. Fiquei feliz e irritado ao mesmo tempo. Ela iria fazer algo que queria muito, mas, na visão dela, estava "solteira".

Isso me deixava puto.

Pensei em várias formas de me aproximar, mas ela era teimosa. Depois de várias ideias, decidi vigiá-la, o que parecia uma boa solução.

No primeiro dia, rodei com minha BMW em volta da casa dela para ver o horário em que ela saía. Fiquei tentado a oferecer uma carona, mas isso revelaria que eu estava vigiando-a. Quando ela entrou na universidade, fiquei escondido no carro. Logo perdi de vista, então comecei a caminhar pelo campus. Janelas grandes de vidro chamaram minha atenção. Havia várias salas, e eu identifiquei a dela. Ela estava conversando com uma garota ruiva, que parecia pequena. Fiquei sentado em um banco, observando seu jeito meigo e feliz de fingir estar bem. Seu sorriso parecia não estar completo, e eu notei como ela se distraía com facilidade, como tirar a mecha de cabelo que caía sobre o olho ou colocá-la atrás da orelha.

O pior momento foi quando um cara entrou na sala. O olhar dela durou naquele homem, o que me fez arder de raiva por não estar ao seu lado. Queria jogar uma pedra no vidro para desfocar a atenção dela. Depois de alguns minutos, estavam conversando como se ela estivesse em seu melhor momento.

Acabei indo embora de raiva. Bebi o máximo que pude e não tomei porcaria nenhuma de remédios.

No segundo dia, quis bater no carro em que ela entrou. Quem era aquele cara? Era diferente do outro. Emma não devia ter ficado tão bem assim, não mesmo.

Sentei no mesmo banco onde já esperava vê-la. O engraçado era que eles estavam sorrindo um para o outro, sorrindo. Fala sério, quem sorri para um desconhecido?

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora