Capítulo 42

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Depois de resolvermos o que fazer, ficou combinado que eu ficaria o tempo todo com Rommy. Eu iria me sentir mais segura em relação a Matt, já que foi ele quem teve essa ideia. O fato era que eu ficaria com ela 24 horas até resolvermos o que fazer.

- Fala sério! - Karen reclama. Eles iriam dormir na sala, enquanto eu e a garota fantasma ficaríamos no quarto. Estava um pouco receosa; não era o tipo de convidada que estávamos esperando, tratava-se da ex-noiva e morta, ou seja lá o que for, do Matt.

- Poderia ser eu, Emma e Samara - Karen faz uma breve pausa para rir da própria piada. - Na sala, e vocês no quarto.

- Tudo bem por mim - Micael concorda.

- Emma, podemos conversar?

Andei em direção ao quarto, enquanto os três ficavam na sala. Matt me seguiu até o quarto. Ele estava pálido, triste e abatido. Fechei a porta para que não houvesse bisbilhoteiros. Sentei na cama ao seu lado, enquanto ele esfregava a testa.

- Eu não esperava por isso.

- Muito menos eu - digo.

- Emma, eu não iria deixá-la na rua. Eu não sou uma pessoa ruim.

- Tudo bem, Matt, mas evite qualquer tipo de contato até nós resolvermos isso.

- O pai dela, será que sabe? - Ele pergunta, com um raciocínio fora do normal.

- Se ele soubesse, estaria vindo atrás de nós! - Falo friamente.

- Então, mudando de assunto... - Ele sorri, como se todos os problemas tivessem desaparecido. - Eu preciso fazer uma viagem de negócios daqui a duas semanas... - Ele dá uma olhada ao redor para ver se alguém está por perto. - Precisamos acabar logo com isso.

- Então por que não vamos embora agora? - Pergunto.

Eu queria estar muito longe daqui; preferia estar no deserto do Saara do que aqui. Engraçado. Minha mãe sempre alertava: fique longe de confusões. O que era um pouco impossível neste caso. Estava em uma espécie de armadilha, na qual um passo em falso significava ser pego.

- Eu tenho um plano - Um sorriso encantador apareceu nos lábios de Karen enquanto ela se aproximava.

**Senhor Williams**

Trevor estava certificando-se de que estava tudo como planejado. Iríamos invadir a casa ao amanhecer, pegando-os desprevenidos, de modo que não estariam armados.

- Senhor, seu vinho branco.

Deliciei-me com o sabor da vitória, antes mesmo de a conquistar. Todos os momentos em que minha filha estava em meus pensamentos, eu sofria e cobiçava vingança. Eu queria poder cuspir na cara daquele homem, que arruinou meus planos e fez com que minha vida fosse destruída. Antes de matá-lo, eu o faria sofrer.

**Karen**

Não era como se eu fosse a única entediada naquele lugar. Eu estava tão lunática que ficava o tempo todo olhando para o relógio. Aquela porcaria não movia suas engrenagens. Fala sério, o tempo não passava e, para ajudar, não havia nenhum gato para me distrair.

- Vamos jogar truco?

Revirei os olhos, enquanto Greg parecia desentendido. Que cara bobo. Ele era o mais tanso de todos; por sorte, nunca tive nenhum afeto por ele. Amizade era a única coisa que teria entre nós. Sempre.

Hunter e Emma estavam conversando. Como eu era intrometida, caminhei na direção deles. Estavam falando sobre querer ir embora. Era a única coisa em que eu pensava nos últimos dias. Talvez eu soubesse o que fazer:

- Eu tenho um plano.

Eles me olharam surpresos, como se nossas vidas dependessem disso.

- Que plano? - Matt pergunta, colocando os braços atrás do pescoço.

- E se deixássemos ela aí e fôssemos para outro lugar? - Emma sorri. Perplexo, Matt fica confuso. - Aliás, ela não é nosso bichinho de estimação.

- Isso seria...

- Seria o quê, Matthew? - Emma fica irritada. Era notável o quanto ela queria a garota bem longe deles.

- Emmanuela Turner, dá para se acalmar? - Matthew retruca no mesmo tom de voz.

- Fala sério, Hunter. Pelo que eu sei, ela te magoou, pisoteou, humilhou e te usou - seus olhos ficam arregalados. - Por que você está defendendo ela?

- Eu juro que não entendo as mulheres; vocês são tão complicadas. - Ele volta para a sala, como se tivesse se rendido.

- E aí, querem jogar truco? - Greg pergunta, com um sorriso nos lábios.

- Lesado - digo.

**Emma**

Karen teve uma ideia brilhante, que pelo visto Matt não havia gostado muito. Não estaríamos abandonando a garota se a deixássemos na cabana; ela estaria bem. Dane-se também o bem-estar dela, era isso ou nada. O que custaria tentar?

- Estou com fome - a garota fantasma geme.

- Você tem duas pernas que funcionam muito bem - Karen aponta para ela. - Então por que você não vai pegar algo para comer e para de ficar perturbando.

- Eu odeio essa garota - Micael grunhe. Isso já era um tipo de piada entre nós. Ela era tão mesquinha e frágil, o que combinava com suas características físicas.

- Então, Matt, a escolha é sua - Karen diz, enquanto se joga no sofá.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora