Capítulo 64

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- Emma, você simplesmente não deve falar isso para sua mãe agora. - Matt tentava de qualquer maneira me convencer a ficar quieta e esperar. - Talvez tenha algum motivo, pelo qual eles estão escondendo.

Jogo-me na cama, com as mãos em cima do rosto, eu estava com uma tremenda dor de cabeça.

- Não acho justo, é intrigante. Devem estar tramando alguma coisa - digo enquanto balanço a cabeça. Quando fico muito nervosa, começa me dar uns 'tics' nervoso. Fico balançando a cabeça toda hora, como se quisesse esquecer do assunto.

- O que acha, de irmos para casa da minha mãe esse final de semana? - Matt pergunta, olho para ele desentendida.

- Luke convidou, para sairmos.. - mordo os lábios. Sei o quanto ele não gostava de Luke.

- Fala serio aquele branquelo, sem graça convidou nós para sairmos? - ele franze o cenho, olha diretamente para mim. Com raiva.

- Sim.. - dou um sorriso, falso.

Eu não estava com cabeça para sair, nem mesmo iria conseguir dormir direito. Josefh,Josefh, esse nome martelava na minha cabeça. Era meu pai, que traiu sua própria família indo embora, deixando apenas dor e angustia.

- Então tudo bem, vamos sair com aquele molenga - Matthew levanta suas mãos em força de rendição.

- Então iremos para seu apartamento? - pergunto, querendo sair de casa.

- É pra já - seu sorriso diabolicamente sensual, aparece deixando o clima intenso.

Minha mãe ficou triste com o fato de eu dormir fora de casa, mais uma vez. Mal ela sabia que eu ja sabia de tudo. Minha mãe sempre pareceu ser forte o suficiente para deixar o passado para trás, fiquei aborrecida com ela.

- Quer ver algum filme hoje?  -Matt pergunta, estava desanimada. Muito.

- Pode ser.. - dou de ombros.

- Emma, não fica assim. Por favor, estou aqui com você - ele se aproxima, segurando minha mão, eu apenas consigo sorrir e lacrimejar os olhos. - Pequena, que tal tomarmos um banho juntos? Assim você fica mais calma.

Sentei no novo sofa da sala, enquanto Matt caminhava ao corredor, escuto barulho de água escorrer depois de alguns minutos, um cheiro de aroma de flores é forte o suficiente para eu caminhar emburrada até sua suíte. Matt estava dentro da banheira que enxia, com uma taça na mão tomando um whisky que pela aparência da garrafa deduzia ser o mais caro da prateleira.

- Então vai me acompanhar? - sua voz suave faz com que eu entre na banheira. Esquecendo-me de retirar, minhas próprias roupas.

Matt envolve seus braços, num abraço aconchegante, esse era o melhor abraço que eu receberia agora. O celular de Matthew começa a tocar, Matt ignora. Ele beija meu pescoço, tirando a tensão enquanto meus pensamentos vagueiam por todos os momentos possíveis.

- Estas se sentindo melhor? - ele pergunta encostando seus lábios, na gola polo da minha camisa.

- Bem melhor.. - o celular volta a tocar. - Deve ser algo importante.

- Só ignora - seu tom de voz grave, ecoa pelo ambiente.

- Eu estava com saudades - digo afagando seu braço, ele aperta seu corpo contra o meu, causando um alívio em meus músculos.

- Eu estava louco para estarmos mais perto, juntos.

- Espero que dure agora, eu te amo Matt.

- Ah pequena, eu te amo tanto - seu celular novamente começa a tocar, tirando nossa concentração.

- Mas que droga - Matt se estende para pegar o celular que estava dentro do bolso, jogado no chão ao lado da banheira.

- Alô? - sua voz é grave o bastante para dar medo em quem estiver ouvindo.

- Dane-se, eu disse que é pra manter esse homem.. - ele olha para mim, então levanta-te da banheira caminhando para o corredor.

Apoiei-me na borda da banheira para poder ouvir.

"Que droga Sax, eu disse para você deixar ele lá".

"Faz seu trabalho, não deixe aqueles caras te influenciarem".

"Deixa Trevor de lado, se ele encomodar.. Tu já sabe o que fazer".

Depois de uma longa pausa, recuo-me na banheira enquanto escuto passos a aproximar-se.

- A empresa está uma loucura - ele sorri para mim, enquanto coloca seu roupão e senta na borda.

Ele estava escondendo algo, eu estava tão cheia que não queria brigar agora, eu queria que desse certo, mas Matthew teria que contribuir também.

- Você.. poderia se mudar para cá.

Fico surpresa, ele está sério e sensual, com seu roupão. Penso por alguns segundos, não queria deixar Savannah e Frida sozinhas, não mesmo ainda mão agora que o Josefh estaria supostamente por perto.

- Eu achei que seria melhor, assim eu não precisaria ficar te rondando na faculdade.

- Matt, eu não vou deixar minha família - digo firme.

- Se você não vier.. - ele me olha, transparecendo todo seu amor por mim. - Eu irei para lá com você.

Querida BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora