Capítulo 32

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No dia seguinte, sábado, vi um bilhete na porta. Era da minha mãe, ela havia ido almoçar na minha vó e só chegaria a noite. Ela não me acordou, pois sabe que eu odeio que façam isso.

Como eram 11 horas, Gabriel já devia estar acordado, então mandei mensagem perguntando se estava tudo bem.

"Oi Melissa. Ta tudo bem sim. Só estou com sono, e você?"

"Acordei agora. Ja arrumou as coisas?"

"Sim. Arrumei ontem. Já está tudo normal de novo. Eu acho kkk"

"Mais um surto daqueles e te mato"

"Morro antes"

"Te ressuscito só para te matar!"

"Hahaha só você mesmo"

Visto por último hoje as 11:07am

Deixei o celular de lado e fui fazer almoço. De repente me deu vontade de cozinhar. Durante a tarde fiquei arrumando as coisas que usaria para levar para a casa da Carol e deixei a mochila pronta na sala.

Mandei uma mensagem para minha mãe avisando que estava indo pra Carol e liguei para meu pai às 18h pedindo para ele me levar.

- Sua mae sabe? - meu pai perguntou.

- Mandei mensagem - falei e saí do carro.

- Se precisar me liga

- Ok. Tchau.

- Tchau.

Toquei a campainha, Carol abriu e eu entrei. Ela me recebeu com um abraço.

- Mel!

- Oi Carol - sorri - Parece que você cresceu.

Ela riu.

- É que faz mais de uma semana que a gente não conversa direito. Aconteceu alguma coisa?

- Não verdade muitas coisas , mas não quero falar sobre isso. Onde posso deixar as coisas?

- No meu quarto. Vem

Ela me mostrou onde era e eu coloquei minhas coisas no colchão em que havia escolhido para dormir. O do lado da parede. Carol se sentou em sua cama e me olhou

- Mel... eu queria conversar com você- ela disse sem graça - É que eu percebi que você não tá bem nem de longe. E eu queria saber se existe algo que eu possa fazer para te ajudar.

Ela disse devagar como se eu pudesse ficar brava a qualquer momento. Me sentei ao seu lado. Eu sabia que podia contar qualquer coisa a ela, só não sabia se estava preparada.

- Carol... é que aconteceram algumas coisas na minha vida, que achei que não ia conseguir superar. Isso tem a ver com a minha aproximação repentina de Gabriel porque ele estava lá quando aconteceu e ele me ajuda a lidar com isso porque o que eu sinto ele já sentiu. Ele sabe o que falar e quando falar. Ele me ajuda, me entende, sabe...

- Sim mas você contou a ele?

- Não. Ele viu.

- Se você não quer falar sobre isso, entendo. Só... ele está conseguindo te ajudar?

- Mais do que você pensa - sorri.

- Isso é bom - ela colocou a mão em minha perna - Você está bem?

- Sim. E...

- E você gosta dele?

- Bom... não sei... sim... talvez?

- Melissa!

- Sim, eu gosto - ri - eu gosto muito.

Carol soltou uma risada e verificou o celular que estava apitando.

- Ah, ele está chegando - ela disse.

- Os meninos?

- Renato. Chamei ele também, espero que não se importe.

Os Opostos se Atraem? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora