Capítulo 58

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A noite que passamos juntos depois da surpresa que ele me fez foi a melhor de nossas vidas, com toda a certeza. Seus toque foram apaixonados, leves, gentis, mais do que todas as outras e quando ele entrou em mim, eu explodi de felicidade, um sentimento único me preencheu.

Como poderia? Eu me perguntava. Como poderia, mesmo depois de várias e várias noites, o sentimento ser exatamente o mesmo, como se fosse a primeira? Como poderia o meu corpo responder ao seu de forma tão instantânea, automática, todas as vezes?

Como poderia eu sempre estar um pouco nervosa antes de acontecer, como poderiam os nossos toques permanecerem gentilmente cheios de calor após tantos meses, após tantas vezes?

Eu não sabia a resposta para nenhuma daquelas perguntas, eu só sabia, e eu adorava esse fato, que eu me entregava completamente a ele, e ele a mim, todas as vezes.

Sob suas digitais, meu corpo adquiria vida própria, e que prazer era ouvi-lo emitir sons baixos de olhos fechados depois de jogar a cabeça para trás quando eu estava no comando. Era uma forma de ele mostrar que estava gostando do que eu fazia. Eu amava tanto dar prazer a ele, e me descobri completamente altruísta na cama, coisa que ele também era, o que fazia a nossa mistura ser deliciosa: ambos dando e recebendo um prazer imenso.

Nos dias que se seguiram, estávamos mais conectados do que antes e depois de algum tempo, eu me vi sob um estresse tremendo, tendo a rotina completamente alterada.

Nossas aulas de educação física tinham mudado de horário porque a escola passou a oferecer plantões de reforço para o vestibular. Além disso, eu havia entrado na academia e em aulas de spinning, porque queria perder os 4kg que havia ganhado, e aumentei o meu ritmo de estudos freneticamente por conta das provas que eu iria enfrentar para entrar na faculdade dali a pouco tempo e eu havia ignorado esse fato durante boa parte do ano, portanto, era hora de correr atrás do prejuízo.

Tantas mudanças de uma vez na rotina me fizeram ficar um pouco mais irritada e descontar o estresse na comida algumas vezes, o que eu tentava equilibrar treinando mais ou correndo mais.

Eu tinha dores de cabeça frequentes e nos dias em que tinha estudado por horas a fio sempre me esquecia de comer direito, o que resultou em mais uma mudança de hábitos alimentares, junto com um pouco de enjoo em razão da ansiedade para as provas, que eu enfrentaria dali a alguns meses.

A verdade é que eu estava uma pilha de nervos e todo o meu sistema foi afetado. Eu emagrecia alguns quilos, mas em seguida os recuperava, engordando de novo logo em seguida e emagrecendo bastante depois. Mas a maldita pochete ainda estava ali e não saía por nada.

Além disso, apesar de as espinhas terem praticamente sumido do meu rosto, meu cabelo havia crescido muito em pouco tempo e eu notei uma diferença sutil no tamanho dos meus seios também. Era bizarro. Junte tudo isso ao fato de que a minha menstruação estava completamente atrasada e você entenderá como eu estava estressada.

Eu estava completamente desregulada, por dentro e por fora, com toda essa mudança de rotina, cobrança interna pelo vestibular, hormônios à flor da pele, pouco tempo livre sobrando para mim, que acabei desenvolvendo uma mudança de humor repentina e fiquei com medo de como poderiam estar os níveis de vitamina em meu corpo.

Assim sendo, dei uma pausa nos estudos para a prova de história (daquele velho detestável) que iria acontecer amanhã e mandei mensagem para o meu endócrino pedindo que ele solicitasse um exame de sangue para eu fazer um check-up completo em um hemograma e saber se eu teria que suplementar alguma coisa durante esse período de adaptação.

Após várias horas estudando, não só para a prova, mas para o vestibular, resolvi ir tomar um banho e assistir Modern Family para distrair a cabeça e momentos depois, eu estava viajando vendo a Sofía Vergara, com o seu corpo escultural. Nem parecia que ela havia sido mãe na adolescência.

Os Opostos se Atraem? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora