Capítulo 36

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Eu não queria que ele fosse. Talvez isso fosse uma atitude egoísta, mas eu me sentia protegida com ele perto. Não poderia impedir ele de ver a mãe e nem faria isso, mas eu só queria ele perto de mim...

Mais tarde, ainda no domingo, ele me levou para casa de carro. Quando estacionou na porta, virou para me olhar. A lua subia no céu e iluminava seu rosto. Agora, mais do que nunca, ele parecia um anjo.

Gabriel colocou a mão suavemente em minha perna, apertou de leve.

- Vai ficar bem? - ele perguntou.

- Sim. - tentei sorrir. - Vou ficar bem. Vá ver sua mãe, fique com ela. Cuida dela. Só... me manda mensagem quando puder, ok?

- Ok. - ele sorriu de leve. - Não é como se eu fosse te esquecer em uma semana. - riu.

- Ah, vai saber... - brinquei.

- Mel... - ele disse meu nome com suavidade. - Porra, Melissa, entenda que você é parte do meu mundo agora. Não dá pra passar uma semana, um ano, uma década fora, que eu vou continuar te aman... - ele parou - ... que eu vou continuar... pensando em você.

- Eu gosto de ouvir isso - eu disse.

Ele fixou seu olhar na minha boca e sorriu. Veio se aproximando devagar, tirou uma mexa do meu cabelo dos meus olhos, a colocou atrás da orelha e disse baixo:

- Adoro a cor do seu cabelo. Não dá pra definir. Tem horas que é loiro, castanho, avermelhado... Com seus olhos é a mesma coisa. Mudam de mel para castanho e depois até para vinho bem escuro, sabia?

- Não... não sabia. - sorri.

- Mas o que eu mais gosto é sua boca. - ele passou o polegar delicadamente pelo meu lábio inferior.

Senti seu toque suave, sua mão era macia e firme. Feita para a arte.

- O formato dela é lindo. É definida, o arco do cupido bem desenhado... macia...

Ele subiu o olhar para meus olhos.

  - Você é a criatura mais sublime desta Terra.

- Tem... mais algum poema que você tenha feito? - perguntei baixo.

- És incêndio ou és faísca?

És rebeldia ou segues à risca?

A vida é escolha

Decida se queima essa fagulha

Ele receitou devagar.

- Fiz pra você. - falou.

- E os outros?

- Também. - ele riu. - Preciso ir, princesa.

- Tudo bem... - desafivelei o cinto. - Me liga assim que chegar?

- Ou até antes. Toma. Fica com isso. - ele tirou o moletom que usava e me entregou. - Pra lembrar de mim toda hora.

- Meio difícil esquecer, mas... obrigada - falei e peguei o casaco. Minha mão tocou na maçaneta do carro e um aperto no coração me invadiu.

Quando eu saísse daquele carro, eu demoraria para vê -lo novamente.

Soltei da maçaneta e o virei para mim, o beijando em seguida. Mesmo sendo apenas 7 dias, eu sentiria falta dele.

Gabriel apertou minha cintura, mexeu em meu cabelo, passou os dedos pela minha nuca e depois me puxou para si, num abraço apertado, que eu correspondi no mesmo instante.

- Vai ser meio chato não ter você para me irritar o tempo todo. - ele falou.

- Vou ter que ficar sem você reclamando. E sem você querendo mandar em mim o tempo todo.

Ele sorriu malandro, se aproximando sem cortar contato visual.

- Eu mando em você - sussurrou em meu ouvido, o que me fez arrepiar - Você é minha, princesa.

Mordi o lábio e sorri fraco.

Eu era. Ele sabia que eu era.

- Tchau, princesa. - ele falou e beijou minha testa - Preciso ir. Vou sentir sua falta.

- Tchau, até mais.

Dei-lhe um beijo rápido, abri a porta, desci do carro e acenei enquanto ele arrancava pela rua mal iluminada, sabendo que eu só o veria dali a exatos 7 dias.



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OIEEEEEEE

Genteeeeeee como vão?

Passei pra deixar mais um cap pra vocês, e eu realmente queria que me dessem opiniões, poxa.

Leitoras fantasmas, convoco vocês para que apareçam! 😂😂😂

Tchau Genteeeeeeeeeee beijooos

Os Opostos se Atraem? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora