Capítulo 52

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Ele me olhou, surpreso, e seu olhar ficou indecifrável. Acho que essa não era a resposta que ele esperava.

Gabriel permaneceu alguns minutos em silêncio, provavelmente tentando absorver tudo e por fim, disse:

  - Prometo que não vou te decepcionar de novo.

  - Acredito em você - sorri.

  - Jura?

  - Hey

Fui até ele e coloquei a mão em seu ombro.

- Gabriel, eu  te disse que te perdoo. Só que eu não quero que toque nesse assunto nunca mais. Não comigo. - pedi.

Já era ruim ter ouvido duas vezes, eu não conseguiria ouvir uma terceira sem vomitar.

  - Certo - ele disse e sorriu, bobo.

  - Que cara é essa?

  - Você disse "nunca mais" - ele disse.

  - E daí? - franzi o cenho.

  - Isso quer dizer que temos mais tempo juntos.

Ele sorriu com seu olhar malandro e  de repente, o clima fúnebre que estava na sala se dissipou.

  - Você é tão idiota - eu soltei um leve sorriso.

  - Um idiota apaixonado - ele disse baixo e pegou as minhas mãos.

  - Por quem?

  - Por uma mimada.

  - Ah, é? - me aproximei mais.

  - Sim. - ele chegou mais perto.

  - É mesmo?

  - Quer que eu mude minha resposta? - se afastou um pouco e ergueu a sobrancelha.

  - Você não mudaria. - falei convicta e baguncei seu cabelo.

  - Ah, não? - ele bagunçou o meu.

  - Não.

  - Cala a boca e me beija, Melissa, porra.

E eu o fiz sem pensar duas vezes. Nossas bocas se encaixaram imediatamente e nossas línguas travavam uma batalha deliciosa quando ele me pegou no colo e me colocou deitada no sofá, a sua mão rápida já me explorando por debaixo da blusa.

Paramos quando meu telefone começou a tocar. Eu me levantei e fui até a minha bolsa.

Mãe.

  - Alô?

  - Melissa? Oi. Onde está?

  - Vim fazer um trabalho na casa de Gabriel. Acabamos agora. - o olhei e segurei o riso.

  - Vai vir para casa?

  - Sim.

  - E ele vai te trazer?

  - Sim.

  - Tudo bem. Cheguei mais cedo em casa hoje. Diga para ele entrar, quero conhecer esse menino direito.

Olhei para Gabriel.

  - Tudo bem - eu disse - Tchau.

  - Tchau.

Guardei o celular e encarei Gabriel.

  - O que foi? Ela quer me matar?

  - Não. Ela quer te conhecer direito. - eu ri.

  - Provavelmente isso inclui saber o tamanho do terno que visto para poder escolher um que sirva em mim no meu enterro. Porque ela vai me matar.

  Soltei uma risada alta com todo esse drama.

Os Opostos se Atraem? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora