PRÓLOGO

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RUBY PORTMAN

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RUBY PORTMAN

Com um olhar atentivo voltado para o relógio de pulso, pude discernir restarem apenas alguns minutos antes do horário marcado para minha tão aguardada entrevista. Essa constatação serviu como um impulso interno que me levou a aumentar o ritmo da minha caminhada. No entanto, o meu desejo de apressar-me foi um tanto limitado pelo calçado que eu havia escolhido para aquele dia, um elegante scarpin que não se mostrava tão cooperativo quanto eu gostaria no quesito conforto.

O edifício para o qual eu me dirigia é verdadeiramente extraordinário na sua arquitetura. Um majestoso arranha-céu compõe-se quase inteiramente de vidro, apresentando uma fachada envidraçada tanto na sua parte frontal imponente quanto na traseira. O ápice dessa estrutura exibe uma imensa placa prateada, onde se destaca a inscrição em letras garrafais: "Radcliffe's". Tal insígnia reluzente é um testemunho visual do prestígio que a sede daquela renomada empresa de cosméticos e agência de modelos estadunidense ostenta no cenário corporativo.

Após atravessar as enormes portas automáticas, adentrei o interior do edifício imponente. A minha chegada à recepção foi quase instantânea, e diante de mim desdobrou-se um espaço vasto e bem organizado, onde os elementos de design contemporâneo se fundiam harmoniosamente com a funcionalidade.

Com passos calculados, aproximei-me do balcão de recepção. Duas jovens recepcionistas, cuja beleza era notável à primeira vista, encontravam-se à postos, prontas para acolher os visitantes e os funcionários do edifício. Os seus olhares fixaram-se em mim com um misto de curiosidade e profissionalismo, o que me levou a adotar uma postura de confiança enquanto me preparava para interagir com elas.

— Bom dia, sou a Ruby Portman, vim para a entrevista de secretariado executivo. — Eu disse e uma das mulheres sorriu formalmente para mim, alcançando o seu telefone fixo para fazer uma ligação breve.

A mulher com quem me encontrava parecia ser parcimoniosa nas suas palavras, deixando transparecer que estava absorvendo mais informações do que compartilhando durante a chamada que trocara. A sua postura sugeriu que estava conectada com alguém importante, embora eu não soubesse ao certo com quem.

Cada aspecto da sua aparência, desde a vestimenta até os passos que dava, emanava um ar de meticulosa consideração.

Essa percepção foi ressaltada quando ela se aproximou de mim, assumindo a responsabilidade de me acompanhar até o elevador. A maneira como se movia e como vestia a suas roupas indicavam uma precisão calculada, o que me fez refletir sobre a possibilidade de que eu também precisasse ajustar o meu estilo, caso fosse contratada.

E que assim seja, com os dedos cruzados para que a minha candidatura seja bem-sucedida. Esta proposta de emprego com certeza é uma das raras tentações profissionais que surgiram no meu caminho.

A perspectiva associada a essa posição é verdadeiramente atrativa, e acredito que a remuneração oferecida esteja no mesmo patamar de tentação.

O interior do espaço confinado e metálico se revela em toda a sua frieza quando adentramos. Duas câmeras de segurança, posicionadas estrategicamente, parecem observar cada movimento nosso. Os dedos ágeis da mulher percorrem os botões de metal do painel do elevador, selecionando o andar desejado com uma familiaridade que sugere uma rotina bem estabelecida.

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