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HARRY RADCLIFFE

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HARRY RADCLIFFE

O meu irmão, Steffan, entrou na cozinha com aquele sorriso travesso que ele sempre tinha quando estava prestes a me provocar. E Ruby, o motivo do flerte anterior, saiu rapidamente da sala, com uma desculpa esfarrapada, que se fosse em outra ocasião, deixaria um clima ainda mais tenso.

Ela sempre parecia saber quando a atmosfera estava prestes a se tornar desconfortável entre nós, o que, nesse momento, era exatamente o caso, e eu particularmente odiava quando ela fugia de mim.

— Ora, ora, ora, o meu querido irmão mais velho está quase deixando a baba cair — Steffan comentou assim que Ruby partiu apressada da cozinha. — Picada por um bicho? Essa foi até agora a melhor desculpa que eu já ouvi para esconder um chupão. — Virei o rosto apenas para o fuzilar.

— E se você tratasse de calar a boca? — perguntei, me preparando para sair também, e irritante como a maior parte da nossa família, Steffan continuou me seguindo.

— Olha só quem temos aqui! — ele exclamou, apontando para mim com um ar de zombaria. — O grande chefe Harry Radcliffe, com esse rosto carrancudo. O que aconteceu? Algum problema no trabalho? Ou talvez um encontro romântico frustrado? — Revirei os olhos, tentando ignorar as suas provocações, mas o meu irmão não era alguém que se deixava ignorar facilmente.

Eu não estava de bom humor. Não que isso fosse uma novidade nos últimos dias, mas a presença de Steffan definitivamente não ajudava. Ele sabia como apertar todos os meus botões, e eu tinha certeza de que ele estava aproveitando essa oportunidade. Afinal, Steffan sempre se divertia às minhas custas.

— Harry, eu sou o seu irmão — ele choramingou andando ao meu lado em direção à sala de jantar. — Você pode falar para mim, ela é realmente muito bonita. Vamos, irmãozinho, compartilhe comigo o que está incomodando você. — Ele continuou, agora se aproximando de mim com passos largos. — Talvez eu possa oferecer alguns conselhos ou apenas rir da sua desgraça, o que é sempre uma opção viável.

Deixei que ele ficasse próximo o suficiente de mim, controlando a vontade de o dar um valente puxão de orelhas que fazia quando ele era apenas uma criança.

Eu me virei para o mais novo, sentindo a irritação borbulhar dentro de mim.

— Pode poupar as suas piadas, Steffan. Não estou com paciência hoje.

— Ah, a velha falta de paciência. Está tudo bem, Harry, todos temos dias ruins — ele respondeu com um sorriso presunçoso. — Mas fique tranquilo, você não está sozinho. Afinal, até o grande chefe tem os seus momentos de fraqueza. — Provocou uma vez mais.

Já estávamos perto o suficiente da sala de jantar, o que significava que Sade me veria batendo no seu pai como uma criança.

"Talvez não fosse uma opção muito boa".

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