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RUBY PORTMAN

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RUBY PORTMAN

Mais uma semana havia se passado desde que Harry havia se declarado para mim, e as coisas entre nós estavam começando a se ajustar a essa nova dinâmica. Meus pais, claro, não deixavam de fazer perguntas sempre que podiam, insinuando se eu estava saindo constantemente com ele ou, pior ainda, se estava dormindo na casa dele. Eu sempre desconversava, mas no fundo sabia que todo mundo já desconfiava da verdade. Não era como se fosse fácil esconder algo quando Harry aparecia na minha casa em um Rolls Royce de manhã cedo ou quando eu voltava tarde com o cabelo um pouco bagunçado demais para ser apenas um jantar.

Agora, aqui estava eu, na penthouse enorme dele, vestindo apenas meu pijama e tentando manter o foco na pilha de documentos sobre a mesa. O lugar estava iluminado pela luz suave da manhã invernal que entrava pelas janelas amplas, e Harry estava sentado do outro lado da mesa, concentrado em revisar alguns relatórios. Ele parecia perfeitamente no controle, como sempre, mas eu sabia que parte dele estava tão distraída quanto eu.

Eu não conseguia parar de olhar para ele. O jeito como ele estava tão focado, a forma como o cabelo dele caía levemente sobre os olhos enquanto ele se debruçava sobre os papéis, o queixo firme, a linha da mandíbula... Tudo nele me deixava inquieta, e, honestamente, por mais que eu quisesse simplesmente derrubar aquela pilha de documentos e me jogar sobre a mesa para ter um momento quente com ele, sabia que não podia. Estávamos em um horário de trabalho, e ambos tínhamos responsabilidades a cumprir.

Suspirei, tentando me concentrar de novo no que estava fazendo. A Radcliffe's, estava em uma, em particular, sendo um caos. As reuniões de produção estavam sendo constantemente adiadas, e estávamos correndo contra o tempo para alinhar todos os pontos antes do próximo grande lançamento. 

— Harry — comecei, tentando manter o tom profissional, embora minha voz tivesse um leve tremor de frustração. — Precisamos decidir o que vamos fazer em relação à reunião de produção. Já adiamos várias vezes e... isso está começando a prejudicar.

Ele levantou os olhos dos papéis, aqueles olhos quase ambares que pareciam perfurar qualquer barreira que eu tentasse manter. — Eu sei — ele disse, sem tirar os olhos de mim. 

— Mas precisamos de todos os diretores na sala para isso, e com as agendas deles, está sendo impossível coordenar um horário que funcione para todos para fazer uma reunião online.

Eu me inclinei para frente, descansando os cotovelos na mesa. 

— Não podemos continuar adiando. Isso está afetando toda a cadeia de produção, e se continuarmos assim, vamos perder o timing do lançamento.

Harry me observou por um momento, como se estivesse ponderando minhas palavras. Ele sempre tinha essa maneira de me olhar, como se estivesse pesando cada argumento, decidindo o que era relevante e o que poderia ser descartado. Era ao mesmo tempo irritante e incrivelmente atraente.

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