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RUBY PORTMAN

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RUBY PORTMAN

Uma brisa gélida percorre o interior do meu quarto, tocando o meu rosto com um beijo gelado que pinta as minhas bochechas com um tom exageradamente vermelho.

No silêncio matinal, os ecos sutis de movimentos ecoam, relembrando-me de que Sophia, minha colega de apartamento, também está começando o dia cedo. Os sons de panelas dançando pelo chão e o aroma inebriante de café fresco emanando da cozinha dão vida ao espaço.

A incerteza paira no ar, questionando se a nossa coleção de louças recém-adquirida conseguirá sobreviver incólume até o final do ano. É engraçado como os objetos mais triviais podem se tornar fonte de inquietação quando compartilhados com uma amiga um tanto... desajeitada.

Ajeitando-me, penteio os cabelos e os reúno em um rabo de cavalo elegante, escolha que complementa harmoniosamente a minha indumentária matutina. Confesso, precisei dar um "jeitinho" no meu guarda-roupa nos últimos tempos, considerando o redirecionamento das minhas atividades profissionais.

Hoje, optei por um vestido social preto, simples e sofisticado, com um decote em V discretamente fechado. Um sobretudo da mesma tonalidade acrescenta um toque de formalidade e proteção contra o persistente frio. Nos pés, calço meus scarpins brancos favoritos, enquanto uma bolsa da mesma cor descansa em meu ombro.

Finalmente, após duas semanas de expectativa, o tão aguardado e-mail chegou: a Radcliffe's confirmava minha contratação. A ansiedade deu lugar a um sorriso genuíno ao ler as palavras que me convidavam para iniciar meu cargo como Assistente Pessoal e Secretária Executiva, coincidentemente o dia de hoje no calendário.

A sensação de conquista e realização é profundamente gratificante.

Devidamente arrumada, fui para a cozinha, onde o aroma de café se misturava com as vozes frenéticas da Sophie e os barulhos de buzina de carros do lado de fora.

Enquanto preparava o meu café da manhã, troquei algumas palavras com Sophia. Ela estava imersa na luz azul do seu laptop, focada no que quer que esteja a manter a sua atenção, enquanto segura um copo de café que parece desafiadoramente grande nas mãos delicadas. As nossas conversas matinais se entrelaçavam com o ritual de preparação, criando uma sensação de continuidade e conexão.

— Céus, eu preciso de mais um café — murmurou frustrada, levantando da mesa de novo. — Detesto quando edito e o meu computador dá sempre essa merda de bug, quando não há dinheiro é que acontece absolutamente tudo — lamentou.

Soltei uma risadinha, mas logo calei-me ao perceber os seus olhos flamejantes.

— Bom trabalho, e por favor, não tenha um colapso nervoso — implorei, beijei o topo da sua cabeça e alcancei a minha bolsa após alimentar-me. — Deseja-me sorte, Sophia.

E ouço o seu grito de boa sorte antes de fechar a porta e percorrer as escadas do meu edifício.

...

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