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Where's my love - SYML

Where's my love - SYML

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HARRY RADCLIFFE

Dois anos haviam se passado desde aquele dia terrível que mudou a minha vida para sempre. Eu estava de volta à casa antiga, o lugar que costumava ser cheio de risos, calor e amor. Agora, era apenas uma casca vazia de memórias felizes, assombrada pelas sombras do passado.

Fiquei parado do lado de fora, olhando para a fachada envelhecida e desbotada da casa. O meu estômago revirou, e eu podia sentir um enjoo subindo na minha garganta. Era difícil encarar o que tinha acontecido aqui, difícil imaginar a violência que havia acontecido nas mesmas paredes que um dia abrigaram a minha família. As fitas amarelas da polícia ainda estavam visíveis em alguns pontos da casa, lembrando a todos que algo terrível havia acontecido ali.

Respirei fundo e dei um passo hesitante em direção à entrada. A sensação de tristeza e ansiedade pesava sobre mim como uma âncora.

A porta rangeu quando a empurrei, ecoando o som que ainda estava presente na minha memória. A casa estava fria e silenciosa, as cortinas fechadas como se estivesse de luto por aquilo que perdeu. A casa estava mergulhada em um silêncio pesado, como se até mesmo o vento tivesse medo de perturbar o que havia acontecido ali.

As paredes, outrora vivas, com cores alegres e decorações calorosas, agora estavam desbotadas e manchadas pelo tempo. O mofo havia encontrado um lar nas rachaduras das paredes, espalhando-se como uma teia sombria, uma lembrança constante da decadência que havia se estabelecido ali.

Tudo estava exatamente como a polícia havia deixado, como se o tempo tivesse parado naquele momento trágico. O sofá desbotado, os móveis empoeirados, as manchas de sangue que haviam sido limpas, mas que ainda pareciam manchar a minha memória.

Ao entrar na sala de estar, o cheiro de umidade e mofo invadiram as minhas narinas, uma mistura desagradável que parecia grudar na pele, tudo isso, todos eles pareciam testemunhas silenciosas do que aconteceu ali.

Os tapetes que antes tinham padrões vibrantes agora estavam desgastados e manchados, lembranças desbotadas de um tempo em que a casa era cheia de vida. O carpete, onde eu costumava brincar com a Íris e o Steffan, rangia sob meus pés a cada passo, como se o próprio chão lamentasse o que havia acontecido ali. As cortinas, outrora brilhantes e alvos das brincadeiras de esconde-esconde, agora estavam desgastadas e empoeiradas, oscilando levemente à medida que a brisa tentava encontrar seu caminho através das janelas fechadas.

Mais fitas amarelas da polícia ainda adornavam algumas áreas da casa, como teias de aranha deixadas para trás em um canto esquecido. Cada pedaço delas era uma lembrança da investigação que se seguiu após a tragédia. Elas pareciam quase fora de lugar, uma marca visível da passagem do tempo e da dor que permanecia ancorada na casa.

Enquanto subia as escadas para o quarto, o ar ficava mais espesso, quase opressivo. As paredes do corredor eram manchadas e desgastadas, mas ainda era visível alguns desenhos que rabiscávamos, e as portas dos quartos pareciam estar segurando segredos sombrios. Abri a porta do quarto da minha mãe e entrei, sentindo uma onda de tristeza me envolver. O mofo se tornava ainda mais evidente aqui, pairando no ar como uma névoa melancólica.

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