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RUBY PORTMAN

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RUBY PORTMAN

O dia se estendeu para uma metade de chuva imensa para outra de clima gélido e instável.

E nesse período todo fiquei sozinha e preferi almoçar dentro da empresa, embora que duas sanduiches de fiambre de peru e um pacote de biscoitos não seja considerado um almoço decente e muito menos saudável.

Harry realmente não voltou e tão pouco ligou para me notificar de alguma coisa, e o relógio já havia tocado oito da noite algum tempo, portanto, apenas organizei seu escritório para o poder trancar, assim como o meu.

Ao menos consegui organizar mais da metade da papelada para o jantar beneficente, o resto levarei para casa para o terminar — como sempre.

Harry precisa analisar tudo antes de sexta-feira, pois será o dia em que eu preciso verificar tudo no espaço para se seguir todo o evento no sábado.

Inclusive preciso urgentemente arranjar um vestido de gala.

Olho vagamente na camisa social tingida de castanho e a dobro com cuidado para colocá-la dentro da minha bolsa junto com a papelada.

O motivo principal que me fez não ir almoçar dentro da cafetaria da empresa fora justamente o bendito paletó, afinal, nosso andar consta apenas eu e ele, o que os meus colegas diriam?

A peça é absurdamente maior que eu, chegando em minhas coxas, não seria muito difícil cogitarem de quem seria, e para variar, eu estou desprovida de alguma peça - além do sutiã -, vistos que ainda a molhei para tentar tirar o excesso de café.

Até explicar o motivo..., certamente correria muito mais boatos, e eu em circunstância alguma serei a secretária que dorme com o chefe.

Ainda mais aquele homem, argh...

Respiro fundo, desligo o interruptor e saio da sala.

Eu não faço a menor ideia de como pegarei um táxi com esse clima instável, geralmente quem me faria esse favor é a Milena, mas a mulher não me atende e nem responde as minhas mensagens, me deixando ainda mais preocupada.

Assim que eu chegar em casa farei questão de falar com a Sophia para irmos em casa dela verificar o que se passa.

Mal saio pela porta principal e trovoadas cortam o céu e os meus pensamentos, vindo em seguida um vento cortante, é inevitável não me encolher sobre a peça de roupa.

Estou mortinha para me deliciar com meu edredom e um chocolate quentinho.

Já havia chovido pela manhã, e certamente choverá de novo, e levando em conta isso e a hora, precisarei pegar o metro para chegar em casa, algo em torno de cinco minutos mas ainda assim perigoso.

Nunca mais fico tão tarde na empresa.

De repente um Rolls Royce Wraith para bem a minha frente, causado um enorme estrondo e susto. Meu corpo recua uns cinco passos de imediato e preparo-me mentalmente para correr de volta para a entrada do edifício.

ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora