RUBY PORTMAN
Sexta-feira finalmente havia chegado, e para minha surpresa, meu querido chefe presenteou-me com meio-dia de folga, apenas exigindo a minha presença em sua penthouse por volta das três da tarde para organizar o jantar importante. Esse gesto surpreendente proporcionou-me a oportunidade de desfrutar de uma manhã mais tranquila e relaxante. Decidi começar o dia acordando um pouco mais tarde do que o habitual, permitindo-me uma indulgência rara: um café da manhã preguiçoso.
Enquanto saboreava o meu café, observava a luz do sol se infiltrar pelas cortinas da janela, criando padrões dourados no chão da cozinha.
A serenidade matinal era um contraste refrescante em relação à agitação incessante de Nova Iorque, que se desdobrava bem diante da minha janela. Esse momento de tranquilidade fez-me refletir sobre questões que há muito tempo estavam na minha mente, incluindo a possibilidade de mudar de apartamento.
Há anos, morar perto do coração de Nova Iorque parecia um sonho realizado. No entanto, à medida que o tempo passava, eu começava a questionar se essa era realmente a vida que desejava. O ritmo frenético da cidade que nunca dorme tinha o seu encanto, mas também impunha um preço alto. A constante agitação, o barulho e a multidão começavam a pesar sobre mim. Talvez fosse o momento de considerar a possibilidade de nos mudarmos para um bairro mais tranquilo, longe do centro da ação.
Mas as decisões sobre onde viver não eram tão simples quanto pareciam. Além das minhas próprias preferências, eu precisava levar em consideração o bem-estar da minha companheira de casa, Sophia. Ela sempre foi uma pessoa prática, e eu sabia que se sentiria desconfortável em custear apenas um terço do aluguel, como aconteceria se nos mudássemos para um lugar mais caro. Eu conhecia-a bem o suficiente para antecipar a sua preocupação com as finanças.
A nossa atual situação financeira era confortável, graças ao meu trabalho bem-remunerado. No entanto, Sophia mantinha um salário estável, que não se comparava ao meu. Ela era uma pessoa independente e orgulhosa, e não gostava de depender dos outros, nem mesmo de mim. Era uma das razões pelas quais a amava tanto, a sua determinação e desejo de contribuir de forma equitativa para nosso relacionamento.
Então, a ideia de propor uma mudança de apartamento precisaria ser abordada com sensibilidade. Teríamos que pesar os prós e os contras, considerando não apenas as nossas preferências pessoais, mas também as nossas responsabilidades financeiras compartilhadas. Seria um desafio encontrar um equilíbrio entre o meu desejo por um ambiente mais sereno e a realidade da sua situação financeira.
Enquanto eu refletia sobre esses pensamentos, continuei o meu café da manhã vagarosamente, apreciando a paz momentânea que a minha folga proporcionava, que não durou muito.
Posteriormente, vi-me compelida a realizar uma parada no Manhattan Mall, com o propósito de encontrar o vestido perfeito para o jantar. Era uma missão delicada, pois eu precisava escolher algo apropriado para a ocasião, evitando qualquer insinuação de sedução que pudesse ser mal interpretada por Montes Hannah, ou pior ainda, pelo próprio Harry. Simultaneamente, não desejava adotar um estilo excessivamente puritano, o que poderia transmitir uma imagem de excessivo esforço na busca por credibilidade.
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Chefe
RomanceHarry Radcliffe é o CEO - presidente da multinacional agência de modelos e fabricante de cosméticos, Radcliffe's, ocupando assim sua posição de homens jovens mais bem-sucedidos. Um homem com fama que faz juz a sua personalidade fria e arrogante, ad...