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HARRY RADCLIFFE

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HARRY RADCLIFFE

O telefone vibrou na mesa ao meu lado enquanto eu revisava alguns contratos. Olhei para a tela e vi uma mensagem de Ruby. 

Nada incomum, exceto pelo conteúdo. Ela havia mandado uma foto de um buquê de flores mortas com um cartão assustadoramente enigmático. As palavras estavam gravadas na minha mente no instante em que li: "Por isso eu te sacudirei como o vento sacode as folhas secas, e tu verás o que é ser esquecido." E, logo abaixo, o meu nome, como se eu é quem tivesse enviado.

Senti o estômago revirar. Algo sombrio se espalhou pelo meu peito, e antes que pudesse sequer processar totalmente a situação, o pânico tomou conta de mim. Não era comum para mim, mas a ideia de que alguém pudesse estar ameaçando Ruby me fez perder o controle por um breve instante.

Levantei-me da cadeira com tanta força que ela quase caiu para trás. Peguei a chave do carro e o telefone, saindo do meu apartamento às pressas. Quando estava no elevador, já apertando o botão para descer, mandei uma mensagem curta para Ruby, instruindo-a a se preparar.

No carro, acelerei pelas ruas de Manhattan, dirigindo em alta velocidade enquanto tentava manter a mente focada. Mas o pânico ainda estava lá, uma sombra incômoda no fundo da minha mente. Peguei o telefone e disquei para Melissa. Precisava saber se ela tinha algo a ver com isso, apesar de suspeitar que não fosse tão louca a esse ponto.

— Melissa. — Atendi secamente assim que ela disse "alô". — Você mandou alguma coisa para Ruby Portman?

— O quê? — Ela respondeu, com uma voz carregada de uma surpresa. — Claro que não. Por que diabos eu mandaria algo para essa... — Ela parou por um momento, e então sua voz mudou, ficando mais sarcástica e cruel. — Para essa sua nova vadiazinha? O que foi, Harry? Está cansado de brincar com ela e quer experimentar algo mais... experiente?

O sangue subiu à minha cabeça. Senti a raiva borbulhar dentro de mim, mas mantive o controle, pelo menos o suficiente para colocar ela em seu lugar.

— Melissa, cala a porra da sua boca agora. — Rosnei. — Se eu ouvir mais um insulto seu contra Ruby, você vai descobrir o que realmente significa ser descartada. Ela é minha namorada, e você não tem o direito de falar dela assim. E se eu descobrir que você tem algo a ver com o que aconteceu, vai se arrepender de ter se metido com ela ou comigo.

Ela ficou em silêncio, claramente pega de surpresa pela minha explosão. Desliguei antes que ela pudesse responder, não tinha tempo para ouvir as desculpas de alguém que, naquele momento, não significava absolutamente nada para mim.

Respirei fundo, tentando controlar a raiva e o pânico que estavam me consumindo. Liguei para Herodes em seguida, precisando de respostas. Ele atendeu após o segundo toque.

— Herodes, onde você está? — Disparei, a frieza na minha voz só rivalizando com a intensidade da minha raiva.

— Estou em casa, porquê? — A voz dele soou calma, como se estivesse lidando com um dos seus amigos.

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