RUBY PORTMAN
A volta à casa foi bastante rápida, para o meu total desgosto, e Harry não parecia nada disposto a conversar, portanto permaneci quieta durante todo o trajeto.
A essa altura, apenas um chuvisco cai sobre o belíssimo carro, o antes ambiente trevoso e com gotículas pesadas que pareciam que iriam romper a estrutura de qualquer edificação, agora se tornaram apenas pequenas gotas de água.
Seria tão bom se o humor de Harry se transformar-se na mesma coisa.
Estacionamos na garagem repleta de mais dois carros desportivos e o Lexus que Gregory costuma a conduzir.
Não espero Harry sair para me abrir a porta como costuma fazer, abro-a e dou rápidos passos para alcançar a porta de acesso ao hall de entrada, mas ele me impede.
— Não tão rápido, Srta. Portman — sua voz grave ecoa por todo espaço fechado. — Dessa vez sua astucia não a protegerá.
Merda —sussurro baixo e giro os calcanhares para o encarar.
— Vamos para o meu escritório, imediatamente — ordena e passa por mim.
Reviro os olhos e tento acompanhar seus passos.
Os corredores estão escuros e se estivesse sozinha era certo que me perderia, mas Harry nem parece se importar, já que caminha apressado para o cômodo como se pudesse andar mesmo de olhos fechados.
Ao chegar, ele abre a porta e entra, eu entro em seguida e fecho ela.
O escritório é bastante bonito, mobílias em madeira escura e uma parede vidrada que dá uma bela vista para o jardim exterior.
— Você fez de propósito, não é? — diz de repente, quase rosnando.
O homem está distante de mim, enquanto eu permaneço diante da porta, ele está ao lado de uma enorme estante de livros, desfazendo a sua gravata.
— Não compreendo, Sr. Radcliffe, está se referindo ao quê? — digo me fazendo de ingênua.
Eu sinto que ele está ao ponto de me enforcar.
— Não sejamos tão cínicos um com o outro, isso não lhe cai nada bem, Ruby — vi os seus olhos crisparem e cheguei a presenciar o momento em que além de indiferença os seus olhos passavam a fúria. — Eu sei que você mudou o horário de próposito.
Tomo nota de que estou passando do limite que é a paciência deste homem.
Mas por que ele está tão zangado?
— Acredite ou não, Sr. Radcliffe, mas não fui eu que rogou o adiantamento do jantar, o próprio Sr. Chevalier fez esse pedido, visto que tinha um compromisso de última hora, e eu não sabia se era de bom tom recusar — digo calmamente, como se estivesse tentando amansar uma fera.
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Chefe
RomanceHarry Radcliffe é o CEO - presidente da multinacional agência de modelos e fabricante de cosméticos, Radcliffe's, ocupando assim sua posição de homens jovens mais bem-sucedidos. Um homem com fama que faz juz a sua personalidade fria e arrogante, ad...