♫♪ Corsário ♪♫

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Capítulo 88-

Elis fica imóvel por alguns segundos e Paulo torna a repetir, agora em um tom mais elevado, então ela se vira. Ao longe Carlos a ver entrando na sala em um vulto.

Carlos- Lis?!

Ela não olha e continua andando, com o rosto coberto por lágrimas, ela olha preocupada Augusto caído e com a boca machucada.

Paulo- Vem! Aqui bem pertinho.

Mesmo ameaçando Augusto, a arma estava apontada para Elis.

Augusto- Vamos resolver isso, deixa ela ir, eu... (Paulo o interrompe).

Paulo- Você o que? Eu nem sei quem é você! Deve ser mais um babaca correndo atrás dela. ME DIZ! É MAIS UM IDIOTA?

Elis tem apenas como reação recuar um pouco.

Augusto- Eu sou o cunhado dela, apenas cunhado.

Ao ouvir os gritos Carlos que já estava próximo, corre entrando na sala e a primeira coisa que repara é na arma, em seguida observa Elis de costas, com os cabelos bagunçados e marcas nos braços.

Paulo- Pode ficar quieto aí seu miserável, ou você e seu amigo morrem.

Carlos vê o amigo ainda no chão e preocupado com a situação, tenta se aproximar mais de Elis.

Paulo- VOCÊ ESTÁ SURDO? E você meu amor, vem! (Elis não se move). VEM!

Ele diz apontando a arma para Carlos e ela volta a andar em direção à Paulo.

Carlos- Estamos em uma festa, acha mesmo que vai escapar?

Elis chega próximo a Paulo, que a puxa pela cintura.

Paulo- Não acho, eu vou.

Ele faz Elis se virar, ficando atrás dele e passa a beijar seu ombro subindo até o pescoço a fazendo chorar e tremer ainda mais.

Assim como Augusto, Carlos não conseguia disfarçar o ódio que sentia, vendo Elis ainda mais machucada, com marcas no pescoço e ainda pior visivelmente machucada por dentro e completamente vulnerável à Paulo.

Carlos tenta avançar sobre ele. Paulo que até o momento estava mais concentrado em Elis, nota e aponta firme para Carlos e engatilha a arma, o que faz Elis ficar desesperada, mas quase sem voz se esforça para falar.

Elisabete- Não. (Apena Paulo consegue ouvir de tão baixo que sai). Eu (Ela falava com dificuldade e tremula).

Paulo a vira para si.

Paulo- Diz meu amor.

Ele continua apontando a arma para Carlos.

Elisabete- Eu... Eu faço o que você quiser. (Ela fala sentindo sua garganta doer).

Augusto- Elis...

Ele a chama preocupado, sem saber o que ela dizia.

Elisabete- Mas deixe eles.

Paulo sorrir, com o que para ele parecia mais uma declaração.

Paulo- Então diz que me ama e que vamos nos casar.

Ela acena com a cabeça em acordo.

Paulo- DIGA!

Ele grita a fazendo tremer.

As Canções de Nossas VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora