Capítulo 52 (mini)

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Bianca Trajano.

Sinto meu celular vibrar no momento em que coloco a chave na fechadura do portão. Pescando o celular do bolso da jaqueta, coloco-o entre o ombro e a orelha e continuo a forçar a chave para destravar o trinco.

- Alô? - atendo, me esquecendo de ver quem era, mas despreocupada, porque havia bloqueado números que eu não queria atender.

- Mana? - ouço a voz de Murilo. Estava entre-cortada e um pouco distante, quase como se ele estivesse de frente a uma janela aberta. - Onde você está?

- Acabei de chegar em casa - respondo, por fim ouvindo o barulho que anunciava que eu por fim havia conseguido abrir. Me preparo para arrastar o portão para o lado. - Estamos sem energia e... Enfim. Por quê? Onde você está?

- Saindo do jornal. Olha só, Bia, preciso falar com você sobre o papai.

Faço uma careta pelo peso do portão (que se recusava a abrir com a facilidade que apresentava quando ligado à eletricidade) e respondo ao meu irmão:

- Sim, sim, também queria falar com você sobre ele. Estive pensando, Mu, em finalmente contar sobre o ateliê e, quem sabe, levá-lo até lá... O que você acha?

- Bia...

- Porque fui à essa palestra chatíssima na faculdade e meu Deus do céu, você não acreditaria em como me senti sendo torturada ao ouvir aqueles jornalistas falarem abobrinhas por mais de duas horas e...

- Bianca, eu tenho quase certeza de que o papai está envolvido numa coi...

Naquele momento, paro de ouvir o que Murilo dizia porque um barulho atrás de mim me chama a atenção. E devo dizer que não sabia exatamente como aquele barulho em si conseguiu chegar até mim, já que Murilo tagarelava através de chiados pelo telefone e o portão abafava quase qualquer outro som que pudesse se fazer presente.

Porém, eu ouvi. Um arrastar de pés. E me virei.

Um homem se aproximava de mim e tão rápido que eu mal consegui registrar. Quando me dei conta, ele estava a apenas alguns metros e seu olhar era duro, objetivo e cem por cento focado em uma coisa. Eu.

Abro a boca - não sei se para falar algo para ele ou para o meu irmão ao telefone -, mas, naquele momento, o homem se adianta para mim e meu celular escapa dos meus dedos e cai no chão com um pequeno baque. Eu afasto o rosto, tentando evitar que o espanto me dominasse, e tento obrigar as minhas pernas a se moverem.

Por instinto, solto um grito. Um grito que ecoa por toda a rua e é abafado, no instante seguinte, pela mão gigantesca do homem a minha frente. Ele passa os braços pelo meu corpo e me segura firmemente contra ele, e eu ergo as pernas, começando a sacudi-las juntamente dos braços. Meus ganidos continuavam abafados e eu tentava controlar os meus pensamentos.

Meu Deus, eu ia morrer.

Ele ia me matar.

No momento seguinte, outra pessoa aparece. Olhos que não consigo ver.

O homem que me segurava sussurra um "quietinha" no meu ouvido, seu hálito quente e fedorento fazendo calafrios desagradáveis percorrerem o meu corpo e, no mesmo segundo, ergue uma das mãos até o meu nariz. Um pano malcheiroso me impede de respirar e, então, eu entendo.

Era um sequestro.

Sinto meus sentidos se esvaírem do meu corpo e, como se tivessem ensaiado tudo, o outro homem, aquele que não me segurava, cobre a minha cabeça com uma espécie de capuz preto. Minha visão é obscurecida e, então, não vejo mais nada. Não sinto mais nada.

(...)

Soltamos a bomba MAIS UMA VEZ e saímos correndo hahahaha

O capítulo de hoje é dedicado a @nuncinana que acertou em cheio o que ia acontecer hahahaha

E vocês, o que estão achando? Contem aqui pra gente e não esqueçam da estrelinha.

Nos vemos no domingo. Tenham um bom fim de semana, suas lindas ♥ 

Beijos,

Gabriela e Natália.

02/02/2018


Amor em Risco (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora