Capítulo 62 (mini)

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Marcelo Menezes.

- Tem que ser agora, é a nossa melhor chance. Ele está sozinho.

- Sozinho? Mas que merda de sequestrador é esse? - pergunto, após Sérgio desligar o telefone.

- Qual vai ser o plano? - ele pergunta, me ignorando e sem sequer me olhar. Parecia preocupado. - Eu posso ir com você, enquanto esse aí tenta encontrar alguma outra entrada para a cabana, que é onde Bianca deve estar - ele diz, olhando para Daniel e em seguida para o lugar onde, supostamente, o sequestrador havia dito que estava.

- Mas eles nem sabem que eu estou aqui, seria imbecil demais eu ir com você. Eu sou sua chance se algo der errado lá.

- Não! Eu preciso que você vá comigo - ele meio fala, meio ordena, finalmente me olhando nos olhos.

Estreito os olhos, confuso, de repente tomado por uma sensação estranha. Antes que eu tenha tempo de entender o que é ou ao menos questionar Sérgio, que parecia definitivamente ter perdido o juízo, um grunhido familiar por ali me distrai. 

Bianca?

Instintivamente desvio o olhar, à procura, e então ouço uma voz masculina dizer de algum lugar adiante:

- Vamos lá, chefe, pode se aproximar. O dinheiro pela garota.

Quando olho para Sérgio, o vejo fazer um gesto para mim e seguir silenciosamente em direção a pilha de caixotes. Hesito à procura de Daniel; nada. O idiota havia mesmo levado a ordem de Sérgio a sério?

Sigo atrás. Tudo bem levar um tiro porque seu ex-sogro é um babaca que aparentemente quer que você morra. 

Não demorou nada para que chegássemos ao trecho em que não havia mais caixotes empilhados. De longe a pilha parecia muito maior. Ainda assim, me posiciono três ou quatro passos atrás de Sérgio, porque, no instante em que a trilha acaba e a cabana fica completamente visível, Sérgio congela e solta um palavrão em voz baixa.

Fico parado, de repente ciente da sombra refletida no chão. Dois corpos. O pequeno era de Bianca, encolhida novamente num mata-leão. 

Preciso usar todo o meu autocontrole para não me mover.

- P-p-p-ai... - Bianca choraminga, aterrorizada.

Consigo ver Sérgio engolir em seco.

- Tutuca - ele diz em reconhecimento.

- Tutuca é o caralho - responde o homem, cuspindo as palavras.

- David - Sérgio fala, levantando as mãos como se pedisse desculpas. - Solta a minha filha. Por favor. Estou com o dinheiro.

- Pra quê a pressa, chefe? A propósito... Vejo que ainda se lembra direitinho do seu antigo galpão - o cara responde, a voz cortante. A sombra de Bianca continuava a tremer violentamente. - Até porque foi aqui que você matou o meu irmão, não foi?

Sérgio fica em silêncio. Respirava fundo.

- E que coincidência... - continua ele. - É exatamente aqui que você e sua filhinha vão morrer, seu velho filho da puta!

(...)

Oiii! Todo mundo vivo?

Dessa vez a gente nem vai falar nada não... Vamos literalmente sair correndo de vocês depois da bomba lançada hahahahah

Só não se esqueçam de deixar um comentário e nossa estrelinha marota <3

Não morram do coração ainda! Sábado tem mais capítulo :P

Se cuidem e até o próximo.

Gabriela e Natália,

22/02/2018.


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